O canto na tragédia grega: Eurípides, Hípólíto vv. 58-71
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.7..7-14Palavras-chave:
canto, coro, tragédia, Eurípides, song, chorus, tragedy, Euripides.Resumo
Resumo: O presente estudo propõe algumas reflexões sobre o papel do coro nas tragédias gregas, sobretudo as de Eurípides, autor estudado em nossa tese de doutoramento. A partir da vasta bibliografia existente sobre tragédia, buscamos as mais importantes para a compreensão do papel do coro, de sua função em relação à ação dramática, e, segundo o que postulamos, sua importância na estrutura do espetáculo concebido pelo autor. O exemplo citado para expor nossas reflexões é o hino a Ártemis, entoado por Hipólito e por seu séquito de caçadores (vv. 58-71), no Hipólito, de Eurípides. A interrupção do monólogo de Afrodite (vv. 157) por um canto marca de maneira efetiva o início da encenação das palavras proferidas pela deusa.
Palavras-chave: canto; coro; tragédia; Eurípides.
Abstract: The present study suggests some reflections about the role of the Greek tragedy chorus, mainly the Euripides’, the author studied in our doctorate thesis. From the extensive existing bibliography about tragedy, we looked for those most important to the understanding of the role of the chorus, of its function in relation to the dramatic action, and, according to what we postulate, its importance in the structure of the performance conceived by the author. The example given to expose our reflections is the Hymn to Artemis, sung by Hippolytus and his scort of hunters (vv. 58-71), at Euripides' Hippolytus. The interruption of the Aphrodite's monologue (vv. 1-57) by a song marks in an effective manner the beginning of the performance of the words uttered by the goddess.
Keywords: song; chorus; tragedy; Euripides.
Downloads
Referências
ARISTOTE. La poétique. Texte, traduction, notes par Roselyne Dupont-Roc et Jean Lallot. Paris: Édition du Seuil, 1980.
BARLOW, S. A. The imagery of Euripides; a study in the dramatic use of pictorial language. Bristol: Bristol Classical Press, 1986.
CRORSET, A. M. Histoire de la Littérature grecque. Paris: Fontemoing & Cie. Ed., 1900.
ESTEVE, J. Les innovations musicales dans la tragédie grecque à l'époque d'Euripide. Nimes: La Laborieuse, 1902.
EURIPIDES. Hippolytos. Edited with introduction and commentaries by W. S. Barrett. Oxford: Clarendon Press, 1964.
HERINGTON, John. Poetry into drama; early tragedy and the Greek poetry tradition. Berkeley: University of California Press, 1985.
JONES, John. On Aristotle and Greek tragedy. London: Chatto & Windus, 1980. [Reimpressão de Pickard-Cambridge, Sir Arthur. The dramatic festivals of Athens. Oxford: Clarendon Press, 1969.]
SANTOS, Fernando Brandão dos. Canto e espetáculo em Eurípides: Alceste, Hipólito e Ifigênia em Áulis. 1998. Tese (Doutorado) – Faculdade de filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.
STANDFORD, W. B. Greek tragedy and the emotion. With introductory study. London: Routledge & Kegan Paul, 1983.
TAPLIN, Oliver. Greek tragedy in action. London: Methuen, 1978.
VERNANT, Jean-Pierrre; NAQUET-VIDAL, Pierre. Mito e tragédia na Grécia antiga. Trad. Anna Lia A. de Almeida Prado et al. São Paulo: Perspectiva, 1999.
WEBSTER, T. B. L. The Greek chorus. London: Methuen, 1970.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2000 Fernando Brandão Santos (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).