História, utopia e contranarrativa da nação em Angels in America
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.19.1.169-179Palavras-chave:
Tony Kushner, dramaturgia norte-americana contemporânea, contranarrativa da nação, contemporary American theater, national narrative and counter-narrative.Resumo
Resumo: Este artigo visa analisar Angels in America, a Gay Fantasia on National Themes, do dramaturgo norte-americano Tony Kushner. Kushner, neste que é seu trabalho de maior impacto, retoma eventos e figuras da história recente de seu país, com foco na crise que a epidemia de AIDS desencadeia, o descaso do governo Reagan em relação às minorias que a epidemia vitima e a consequente devastação que acomete a comunidade gay da época. Nessa perspectiva, o trabalho de Kushner supera o mero registro e aponta para acontecimentos e pessoas ausentes do relato dominante. Para além da versão oficial, emerge aí uma contranarrativa da nação, comprometida com a construção de uma memória dos Estados Unidos a partir do viés da margem e da exclusão.
Palavras-chave: Tony Kushner; dramaturgia norte-americana contemporânea; contranarrativa da nação.
Abstract: This article analyses Angels in America, a gay fantasia on national themes, by the American dramatist Tony Kushner. In what many believe to be his major work, Kushner weaves the lives of fictional and historical characters into a web of social, political, and sexual revelations, focusing on the discovery of AIDS, the disregard with which politicians marginalized its early spread and the impact of the disease on the gay community. As it is, Kushner’s work rethinks the recent past and portrays alternatives absent from the dominant reports. Moving beyond the official version of events, Angels in America is thus a counter-narrative, one where the master narrative implodes on itself, one where new stories arise out of the ashes of that explosion.
Keywords: Tony Kushner; contemporary American theater; national narrative and counter-narrative.
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