Só posso escrever o que sou
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.20.2.167-180Palavras-chave:
autobiografia, representação, pacto fantasmático, autobiography, representation, phantasmatic pact.Resumo
Resumo: O presente artigo pretende analisar as relações existentes entre a escrita literária e a autobiografia, demonstrando como João Gilberto Noll desenvolve reflexões em seus textos sobre a relação entre vida e obra na contemporaneidade através das representações de figuras de escritores em seus romances A céu aberto, Berkeley em Bellagio e Lorde. Percebe-se que o escritor desconsidera as normas da escrita autobiográfica e produz uma literatura que se pauta pelo pacto fantasmático, produzindo uma escrita híbrida na qual o autor empírico passa a ser mais uma representação criada por ele mesmo.
Palavras-chave: autobiografia, representação, pacto fantasmático.
Abstract: This article aims to analyze the relations between literature and autobiography, showing how João Gilberto Noll reflects upon the relation between life and writing nowadays in his novels A céu aberto, Berkeley em Bellagio, and Lorde. The author disregards the autobiographical principles and produces a literature that is guided by the phantasmatic pact, thus engendering a hybrid writing in which he is only a representation created by himself.
Keywords: autobiography, representation, phantasmatic pact.
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