“Entre o chão encontrado e o chão perdido”: Estive em Lisboa e lembrei de você, de Luiz Ruffato
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.22.3.131-138Palavras-chave:
migrações, alteridade, Luiz RuffatoResumo
Nas duas últimas décadas do século 20, a recessão e a crise provocaram um fenômeno de emigração nunca visto no Brasil. Estive em Lisboa e lembrei de você, de Luiz Ruffato, flagra esse momento, explorando os aspectos socioeconômicos e culturais dos processos migratórios e o imaginário que os alimenta. Nosso estudo pretende discutir as modalidades de representação das migrações, examinando questões relacionadas com a alteridade e as mobilidades territoriais e textuais, nesse romance que coloca em cena “o retorno das caravelas” – os novos deslocamentos territoriais do Brasil e da África para Portugal.
Downloads
Referências
ALENCASTRO, Felipe. O trato dos viventes. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
BERND, Zilá. Figurações do deslocamento nas literaturas das Américas. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n, 30, p. 89-97, jul./dez. 2007.
CHAVES, Rita. O Brasil na cena literária dos países africanos de língua portuguesa, Angola e Moçambique. Experiência colonial e territórios literários. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.
DEALTRY, Giovanna. Cidades em ruínas: a história a contrapelo em Inferno provisório, de Luiz Ruffato. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 34, p. 209-221, jul./dez. 2009.
HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
GODET, Rita Olivieri. Errância/migrância/migração. In: BERND Zilá (Org.). Dicionário das mobilidades culturais: percursos americanos. Porto Alegre: Literalis, 2010. p. 189-209.
HAREL, Simon. Les passages obligés de l’écriture migrante. Montréal: XYZ, 2005.
HARRISON, Marguerite Itamar (Org.). Uma cidade em camadas. Ensaios sobre o romance eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato. Vinhedo-SP: Horizonte, 2007.
OUELLET, Pierre. Le soi et l’autre. L’énonciation de l’identité dans les contextes interculturels. Québec: Laval, 2003.
RUFFATO, Luiz. Estive em Lisboa e lembrei de você. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
RUFFATO, Luiz. Eles eram muitos cavalos. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011.
SAYAD, Abdelmalek. L’immigration ou les paradoxes de l’altérité. L’illusion du provisoire. Paris: Raison d’Agir, 2006.
STOENESCO, Dominique. Histoires individuelles et histoire collective. Esthétique et éthique dans Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato. In: GODET, Rita Olivieri (Dir.). Ecriture et identités dans la nouvelle fiction romanesque. Rennes: PUR, 2010. p. 269-281.
VILLARINO PARDO, Carmen. Eles eram muitos cavalos no(s) processos de profissionalização de Luiz Ruffato. In: HARRISON, Marguerite Itamar (Org.). Uma cidade em camadas. Ensaios sobre o romance Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato. Vinhedo, SP: Horizonte, 2007. p. 155-187.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Rita Olivieri-Godet (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).