Do timbó ao timbó ou o que eu não sei, eu invento

Autores

  • Devair Antônio Fiorotti Universidade Estadual de Roraima/Universidade Federal de Roraima

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.22.3.238-252

Palavras-chave:

narrativa oral indígena, literatura oral, periferia e centro

Resumo

Este artigo apresenta e analisa a lenda do Timbó, narrada pelo índio Taurepang Clemente Flores. A partir desse texto, discutem-se questões relativas ao trabalho com narrativas orais. O texto de Flores é concebido como literário; logo, a questão central deste artigo está na possibilidade de refletir sobre o literário fora do livro. Com isso, problematiza-se também o movimento entre periferia e centro; local, regional e global; e busca-se pensar a tensão velada, ou mesmo negada, quanto à existência de uma narrativa com valores estéticos oriunda das minorias, como indígenas.

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

Fiorotti, D. A. (2012). Do timbó ao timbó ou o que eu não sei, eu invento. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 22(3), 238–252. https://doi.org/10.17851/2317-2096.22.3.238-252