Fotografia deslocada e experiência estética em Mario Bellatin Misfit
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.2.189-201Palavras-chave:
Mario Bellatin, literatura, fotografia, experiência estéticaResumo
Este artigo analisa a narrativa de Mario Bellatin a partir da aproximação entre a produção de presença gumbrechtiana, a experiência do excesso batailleana e o punctum barthesiano, compreendidos como experiências estéticas abertas ao imprevisível e ao sem sentido da vida. Tais experiências desestabilizam a normalização de saberes e condutas ao contestar a lógica ocidental por meio do jogo entre realidade e ficção, simetria e assimetria, saúde e enfermidade, vida e morte. Uma das formas de expressão desse jogo efetua-se pelo uso de fotografias deslocadas de seus referenciais, artifício a ser ressaltado em nossa análise.
Downloads
Referências
BARTHES, Roland. A câmara clara. São Paulo: Edições 70, 2006.
BATAILLE, Georges. A parte maldita. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
BATAILLE, Georges. O erotismo. Porto Alegre: L&PM, 1987.
BELLATIN, Mario. Flores. Barcelona: Anagrama, 2004.
BELLATIN, Mario. Los fantasmas del masajista. Buenos Aires: Eterna Cadencia, 2009.
BERGSON, Henri. O riso. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
DELEUZE, Gilles. A dobra: Leibniz e o Barroco. Campinas: Papirus, 1991.
ESPOSITO, Roberto. Comunidad, inmunidad y biopolítica. Barcelona: Herder Editorial, 2009a.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade, v.1. A vontade de saber. São Paulo: Graal, 2007.
FOUCAULT, Michel. El cuerpo utópico: las heterotopías. Buenos Aires: Nueva Visión Argentina, 2010.
FOUCAULT, Michel. Sexo, poder y gobierno de la identidad. Disponível em: http://www.hartza.com/fuckault.htm. Acesso em: 10 nov. 2011.
GLEISER, Marcelo. Criação imperfeita: cosmo, vida e o código oculto da natureza. Rio de Janeiro: Record, 2010.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.
PANESI, Jorge. La escuela del dolor humano de Sechuán. In: El interpretador: literatura, arte y pensamiento [on-line]. Buenos Aires, n. 20, 2005. Disponível em: http://www.elinterpretador.com.ar/20JorgePanesi-LaEscuelaDelDolorHumanoDeSechuan. html. Acesso em: 5 dez. 2012.
PAZ, Octavio. La máscara y la transparencia. In: PAZ, Octavio. Corriente alterna. México: Editorial Siglo XXI, 1973.
PAZ, Octavio. O labirinto da solidão e post scriptum. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
PRECIADO, Beatriz. Manifiesto contra-sexual. Barcelona: Opera Prima, 2002.
SCHETTINI, Ariel. La escuela del dolor humano de Sechuán. In: El interpretador: literatura, arte y pensamiento [on-line]. Buenos Aires, n. 20, 2005. Disponível em: http://www.elinterpretador.com.ar/20ArielSchettini-LaEscuelaDelDolorHumanoDeSechuan. html. Acesso em: 5 dez. 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Karla Fernandes Cipreste (Autor)
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).