Fotografia deslocada e experiência estética em Mario Bellatin Misfit

Autores

  • Karla Fernandes Cipreste Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.2.189-201

Palavras-chave:

Mario Bellatin, literatura, fotografia, experiência estética

Resumo

Este artigo analisa a narrativa de Mario Bellatin a partir da aproximação entre a produção de presença gumbrechtiana, a experiência do excesso batailleana e o punctum barthesiano, compreendidos como experiências estéticas abertas ao imprevisível e ao sem sentido da vida. Tais experiências desestabilizam a normalização de saberes e condutas ao contestar a lógica ocidental por meio do jogo entre realidade e ficção, simetria e assimetria, saúde e enfermidade, vida e morte. Uma das formas de expressão desse jogo efetua-se pelo uso de fotografias deslocadas de seus referenciais, artifício a ser ressaltado em nossa análise.

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Publicado

2014-08-30

Como Citar

Cipreste, K. F. (2014). Fotografia deslocada e experiência estética em Mario Bellatin Misfit. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 24(2), 189–201. https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.2.189-201

Edição

Seção

Dossiê - Literatura e Fotografia - Fotoficção e Fotojornalismo