Os Sueños de Quevedo: tradução comentada das paronomásias para o português, inglês e francês
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.25.2.59-76Palavras-chave:
Sueños, Quevedo y Villegas, paronomásia, tradução comentadaResumo
Neste artigo são analisadas comparativamente as soluções empregadas para as paronomásias em três traduções dos Sueños: para o português do Brasil, de Liliana Raquel Chwat (Os sonhos. São Paulo: Escala, 2006), para o inglês, de Wallace Woolsey (Dreams. New York: Barrons Educational Series, 1976), e para o francês, de Annick Louis e Bernard Tissier (Songes et discours. Paris: José Corti, 2003). Traçamos um brevíssimo perfil dos tradutores, porque, de acordo com Antoine Berman, pretende-se verificar suas posições tradutórias e seus projetos de tradução. O texto de partida é a edição de James O. Crosby (Sueños y discursos. Madrid: Castalia, 1993), porém, quando necessário, outras edições também são mencionadas. Os Sueños, obra escrita no século XVII por Francisco de Quevedo y Villegas, são compostos por cinco narrativas: “Sueño del Juicio”, “Alguacil endemoniado”, “Infierno”, “El mundo por de dentro” e “El sueño de la Muerte”; estas estão dispostas em forma de diálogo e satirizam os costumes e os personagens de seu tempo, de várias classes sociais. O trocadilho, na forma de diferentes figuras de linguagem, é uma marca estilística de Quevedo que apresenta um verdadeiro desafio para o tradutor. Assim, verificamos que as soluções tenderam seja à recriação, seja ao apagamento e à consequente perda do trocadilho.
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