Mire veja: uma fórmula em Grande sertão: veredas

Autores

  • Christian Werner Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.26.1.177-194

Palavras-chave:

João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas, Homero, poesia oral, fórmula

Resumo

Discute-se o uso da fórmula mire (e) veja em Grande sertão: veredas, em particular, sua ressonância temática e seus usos pragmáticos, e conclui-se que ela é central para a forma como o narrador Riobaldo comunica sua experiência passada. Em um segundo momento, sua dinâmica é comparada àquela da linguagem formular da poesia oral homérica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Christian Werner, Universidade de São Paulo

Professor livre-docente de Língua e Literatura Grega na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Ninfas. Tradução de R. Ambrósio. São Paulo: Hedra, 2012.

COSTA, Ana L. Martins. Rosa ledor de Homero. Revista USP, São Paulo, v. 36, p. 46-73, 1997/8.

FANTUZZI, Marco. Achilles in love: intertextual studies. Oxford: Oxford University Press, 2012.

FOLEY, John M. Immanent art: from structure to meaning in traditional oral epic. Bloomington: Indiana University Press, 1991.

FOLEY, John M. Traditional signs and Homeric art. In: BAKKER, E.; KAHANE, A. Written voices, spoken signs: tradition, performance and the epic text. Cambridge, Mass.: Center for Hellenic Studies, 1997.

GALVÃO, Walnice N. A donzela-guerreira: um estudo de gênero. São Paulo: SENAC, 1997.

HOMERO. Odisseia. Tradução de C. Werner. São Paulo: Cosac Naify, 2014.

LORD, Albert B. The singer of tales. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1960.

NAGY, Gregory. The best of the Achaeans: concepts of the hero in archaic greek poetry. 2. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1999.

O’NOLAN, K. Doublets in the Odyssey. Classical Quarterly, Oxford, v. 28, n. 1, 1978, p. 23-37.

PARRY, Milman. The making of Homeric verse: the collected papers of Milman Parry. Organização de Adam Parry. Oxford: Oxford University Press, 1971.

ROSA, João G. Correspondência com seu tradutor alemão Curt Meyer-Clason (1958-1967). Edição, organização e notas de Maria A. F. M. Bussolotti. Tradução de Erlon J. Paschoal. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: Academia Brasileira de Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

ROSA, João G. Ficção completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. 2.

ROSENFIELD, Kathrin H. Desenveredando Rosa: a obra de J. G. Rosa e outros ensaios. Rio de Janeiro: Topbooks, 2006.

RUSSO, Joseph. Homer’s style: nonformulaic features of an oral aesthetic. Oral Tradition, Bloomington, v. 9, 1994, p. 371-389.

THIEL, Helmut. Homeri Ilias. Hildesheim/Zürick/New York: Olms, 2010.

Downloads

Publicado

2016-07-01

Como Citar

Werner, C. (2016). Mire veja: uma fórmula em Grande sertão: veredas. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 26(1), 177–194. https://doi.org/10.17851/2317-2096.26.1.177-194