O ódio: “uma potência não igualável”: representação do mal político em Aprender a rezar na era da técnica
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.27.1.109-125Palavras-chave:
Gonçalo M. Tavares, Aprender a rezar na era da técnica, mal, violência de estado, biopolíticaResumo
A ficção de resistência, fundamentada na experiência do trauma e na percepção do primado do mal como práxis política, continua tendo atualidade e universalidade. Com suas tramas um tanto distópicas, situadas num espaço-tempo indefinido, mas que propositalmente evocam as experiências do período dos totalitarismos da Europa na primeira metade do século XX, os livros da série “O reino”, de Gonçalo M. Tavares, apontam para a atemporalidade desses problemas. Propomo-nos a observar, na análise de Aprender a rezar na era da técnica, nuances e detalhes da concretização disso, numa aproximação com os conceitos de violência de Estado, de Walter Benjamin, e de “biopolítica”, de Giorgio Agamben.
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