Uma visada anti-humanista: o mal em Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso e Memórias de Lázaro, de Adonias Filho

Autores

  • Ludimila Moreira Menezes Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.27.1.197-210

Palavras-chave:

linguagem, dispêndio, expressionismo, erotismo, anti-humanismo

Resumo

Este artigo busca pensar com Georges Bataille o ethos da dilapidação nos romances Crônica da casa assassinada e Memórias de Lázaro, e explorar como se dá a construção de certa imagística do mal observada nas narrativas, advinda da correlação entre as disseminações do excesso – seja do signo linguístico ou do repertório ético – e as atrações ao risco, à bestialidade como catalisadora de uma dicção anti-humanista. O artigo vislumbra discutir a linguagem literária que se concentra na consumação do mundo ante à preservação, forja-se nos pressupostos da violência e do júbilo aos pares antitéticos da lei e do progresso e que dissemina, em seus projetos ficcionais, falências de regimes morais, utilitaristas desde uma economia – de significâncias – de dissipação da virtude pelas experiências de violações, de transgressões, e, ainda, que faz perviver toda uma tradição literária de matiz anti-humanista que não vislumbra a linguagem em missão salvacionista e edificante do mundo ou do nacional.

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Biografia do Autor

Ludimila Moreira Menezes, Universidade de Brasília

Mestra e Doutora pelo departamento de Teoria Literária e Literaturas da UnB.

Referências

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Publicado

2017-07-03

Como Citar

Menezes, L. M. (2017). Uma visada anti-humanista: o mal em Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso e Memórias de Lázaro, de Adonias Filho. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 27(1), 197–210. https://doi.org/10.17851/2317-2096.27.1.197-210

Edição

Seção

Dossiê - Literatura e Mal