Da metáfora, da literalidade: deslocamentos na poesia de Emmanuel Hocquard
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.27.3.77-95Palavras-chave:
poesia francesa, Emmanuel Hocquard, metáfora, literalidadeResumo
Este artigo analisa, na obra do poeta francês Emmanuel Hocquard, o uso da metáfora e da literalidade. Nos dois casos, o autor busca refletir sobre alguns clichês presentes na tradição poética sem deixar de tensioná-los, lançando mão das duas figuras poéticas de modo crítico. Na presente leitura, são explorados os poemas “Deux étages avec terrasse et vue sur le détroit” e “Élégie VI”, além de textos críticos do próprio autor que dialogam diretamente com seus poemas, tais como “Ma vie privée” e “La bibliothèque de Trieste”. O modo como Emmanuel Hocquard utiliza os recursos citados opera um afastamento da persona lírica em relação ao texto enunciado.
Downloads
Referências
BAQUEY, Stéphane. Emmanuel Hocquard: une poésie littérale? In: GUILLAUME, Daniel. (Org.). Poétiques & poésies contemporaines. Lyon: Le temps qu’il fait, 2002. p. 309-328.
BERNUS, Edmond. Chameau, cheval, chien. Mythes et symboles de trois animaux domestiques touaregs. In: BAROIN, Catherine; BOUTRAIS, Jean (Org.). L’Homme et l’animal dans le basin du lac Tchad. Paris: I.R.D., 1999. p. 409-425.
COLLOT, Michel. Paysage et poésie. Paris: José Corti, 2005.
FOUCAULD, Charles de. Dictionnaire Français-Touareg. Paris: L’Harmattan, 2005.
FETZER, Glenn W. Emmanuel Hocquard and the Poetics of Negative Modernity. Birmingham, AL: Summa Publications, 2004.
GAVRONSKY, Serge. Towards a New Poetics: Contemporary Writing in France. Berkeley, Los Angeles, London: University of California Press, 1994.
HOCQUARD, Emmanuel. Entretien à Eric Audinet. In: HOCQUARD, Emmanuel. Cahier critique de poésie. Marseille: Editions Leo Scheer, 2002. t. 3. p. 3-10.
HOCQUARD, Emmanuel. Les Associations ne sont pas libres & un petit monument à E. H. par Olivier Cadiot. In: ANNUAIRE de la Villa Medici 1986-87. Roma: Edizioni Carte Segrete B-V, 1987. Número especial 3. p.114-119.
HOCQUARD, Emmanuel. Les Elégies. Paris: P.O.L., 1990.
HOCQUARD, Emmanuel. ma haie. Paris: P.O.L., 2001.
HOCQUARD, Emmanuel. Un privé à Tanger. Paris: P.O.L., 1987.
KOFMAN, Sarah. Nietzsche et la métaphore. Paris: Galilée, 1983.
MESLIN, Michel. Un don biblique. In: GILLET, Philippe (Org.). Mémoires lactées: blanc, bu, biblique: le lait du monde. Paris: Autrement, 1994. p. 101-115. (Mutations/Mangeurs, 143). Disponível em: http://www.mangeur-ocha.com/fileadmin/contenusocha/06_don_biblique.pdf. Acesso em: 10 ago. 2010.
RABATÉ. Dominique. La Fabrique de l’écart. In: RABATÉ. Dominique. Le Chaudron fêlé: écarts de la littérature. Paris: José Corti, 2006. p. 102-112.
REZNIKOFF, Charles. Testimony: The United States (1885-1915) Recitative. Santa Barbara: Black Sparrow Press, 1979. v. 2.
ROYET-JOURNOUD, Claude. La Poésie entière est préposition. Paris: Éric Pesty Éditeur, 2007.
TIBERGHIEN, Gilles. Emmanuel Hocquard. Paris: Seghers, 2006.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Marília Garcia (Autor)
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).