Literatura e pintura: relações possíveis em Pathé-Baby, de António de Alcântara Machado
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.27.3.219-235Palavras-chave:
Pathé-Baby, António de Alcântara Machado, literatura, pinturaResumo
O artigo objetiva construir relações narrativo-pictóricas na obra Pathé-Baby, do escritor modernista António de Alcântara Machado. Para tanto, utilizamos um aporte teórico que principia pela escolha de autores que contribuem para esse debate de uma forma diacrônica, como Litchtenstein e Gonçalves, mas também de críticos de arte atrelados ao Modernismo e seus antecedentes, como Aumont, Serullaz e Fauchereau. A partir dos resultados obtidos, compreendemos, de um lado, de que forma as potências literariamente imagéticas de Pathé-Baby, indissociáveis do cinema, estabelecem vínculos com a pintura impressionista e, notadamente, com as vanguardas europeias; de outro, como um produto cultural, elaborado em linguagem verbal, constrói, a partir de suas especificidades estéticas, um intercâmbio fecundo com seu contexto artístico permeado de experimentalismos e atitudes renovadoras. Desse modo, avaliamos a natureza plural da narrativa em questão e sua capacidade de representar um mundo marcado por intensas transformações.
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