Qualquer coisa de intermédio – lugares de transgressão em “Eu-próprio o outro” de Mário de Sá-Carneiro
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.1.29-43Palavras-chave:
gênero literário, transgressão, Mário de Sá-Carneiro, autorrepresentação, Modernismo portuguêsResumo
Este artigo tem como primeiro propósito mostrar em que medida podemos ler a novela de Mário de Sá-Carneiro “Eu-próprio o outro” como um texto transgressivo. Para tal, procuraremos testar as suas fronteiras genológicas, numa tentativa de compreender as relações entre a indefinição estrutural do texto, a desconstrução dos paradigmas narrativos e a fluidez do sujeito que nele se representa. Partindo desse princípio, procuraremos examinar as especificidades dos processos de autorrepresentação nesta novela, tendo como princípio orientador uma reflexão sobre as dinâmicas genológicas e epocais inerentes ao primeiro Modernismo português.
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