As cicatrizes do gesto: exílio, vida nua e subjetividade na narrativa “After Hours”, de Cristina Peri Rossi

Autores

  • Carlos Augusto Magalhães Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.2.101-118

Palavras-chave:

tempo-espaço, subjetividade, não lugar, migrações, Cristina Peri Rossi, neorrealismo

Resumo

O artigo intenta discutir os aspectos socioculturais e existenciais dos deslocamentos humanos na narrativa “After Hours” do livro Espaços íntimos, de Cristina Peri Rossi. O texto busca, sobretudo, observar as interações dos migrantes com o tempo-espaço na atualidade, sem se perder de vista a inadequação de leituras polarizadas. Ampliam-se as noções de migração, a partir da observação das relações intersubjetivas decorrentes da migração de valores, éticas, sonhos, desejos que se imiscuem na dialética das relações do sujeito com o Outro.

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Biografia do Autor

Carlos Augusto Magalhães, Universidade do Estado da Bahia

Licenciado em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador (1982), Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (1980), Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília - UnB (1994), Doutor em Letras pela Universidade Federal da Bahia - ILUFBA (2003), Pós-Doutor pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (2012). É PROFESSOR TITULAR PLENO da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), atuando na Graduação em Letras do Departamento de Ciências Humanas do Campus I, Salvador. É também Professor Permanente do Mestrado Estudos de Linguagem. Pesquisa principalmente os seguintes temas: cidade, modernidade, contemporaneidade, Walter Benjamin, melancolia, narrativa contemporânea, violência urbana, subjetividade.

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Publicado

2018-06-29

Como Citar

Magalhães, C. A. (2018). As cicatrizes do gesto: exílio, vida nua e subjetividade na narrativa “After Hours”, de Cristina Peri Rossi. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 28(2), 101–118. https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.2.101-118

Edição

Seção

Dossiê – Deslocamentos, Linhas de Fuga, Confins