As catábases virgilianas (Geórgicas IV e Eneida VI): omniauincit amor
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.3.149-162Palavras-chave:
catábases, Geórgicas IV, Orfeu, Aristeu, Eneias, Eneida VIResumo
No livro IV das Geórgicas, em dois painéis narrativos, o pastor Aristeu e o poeta Orfeu realizam uma jornada pessoal em busca de alcançar objetivos distintos e com resultados bem diversos. Um paralelo de opostos pode ser traçado entre os dois heróis, que vai desde a descida a mundos inacessíveis até a subida ad auras superas com resultados antagônicos. Dentro da visão da totalidade e do continuum da obra virgiliana, a viagem transcendental desses dois personagens prenuncia a catábase de Eneias, no livro VI. Pode-se, então, verificar uma oposição entre Eneias e Orfeu e, por outro lado, uma aproximação entre Eneias e Aristeu. As Geórgicas, como obra do meio da carreira do poeta Virgílio, figura o deus de duas faces Jano: olha para o futuro (a Eneida) sem perder de vista o passado (as Bucólicas).
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