Releituras da Primeira Guerra Mundial na contemporaneidade: O Mito da Guerra e o jogo Battlefield 1
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.2.13-28Palavras-chave:
Primeira Guerra Mundial, mito da guerra, Battlefield 1, jogo de tiro em primeira pessoaResumo
O que resta da Primeira Guerra Mundial cem anos após o Armistício? Além de monumentos e feriados nacionais, textos, em suas mais variadas formas, estão entre os resquícios dessa guerra. Juntos, eles escrevem o que Samuel Hynes denomina “o Mito da Guerra,” uma narrativa de significação que, aos poucos, se tornou o que conhecemos sobre esse conflito e como o conhecemos. Observar a relação que recriações contemporâneas da guerra estabelecem com o mito é importante para compreender nossas noções de consciência histórica e memória coletiva. Neste artigo, estudamos o modo de campanha para um jogador do videogame Battlefield 1 (2016) através da análise de seu tratamento do Mito da Guerra. Propomos que essa narrativa, parcialmente construída pelo jogador, simultaneamente reitera e nega o Mito da Desilusão. Também alegamos que esse paradoxo deriva da tentativa de recontar a versão tradicional da Primeira Guerra através do gênero de jogo de tiro em primeira pessoa (FPS).
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