Memórias em noite febril

fantasmas de uma ditadura omitida em Nocturno en Chile, de Roberto Bolaño

Autores

Palavras-chave:

Ditadura, Chile, Bolaño, Memória, Testemunho, Omissão

Resumo

Este artigo destaca, em Noturno do Chile, de Roberto Bolaño, o conceito de “ridículo espantoso”, e como este coloca em xeque a memória e o testemunho, quando são fundamentais em um cenário ditatorial. O romance é uma forma de revisão do passado, novas possibilidades interpretativas para a história e, ao mesmo tempo, uma provocação para o presente, recordando a permanência das omissões cotidianas. Enquanto o ridículo diz respeito à duplicidade (um homem de letras omisso diante das violências de Estado), o “espantoso” se refere ao pano de fundo de horror, marcado por mortes, torturas e desaparecimentos dos sujeitos. Para esta análise, utiliza-se o aporte teórico de Grínor Rojo (2016), com a ideia de “ridículo espantoso”. Quanto à ideia de objetividade da história, observa-se Nietzsche (1983) e Jacques Le Goff (2003). Por fim, sobre memória e testemunho, lança-se mão de Seligmann-Silva (2003), Gagnebin (2006), Beatriz Sarlo (2007) e Todorov (2008).

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Referências

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Publicado

2024-06-19

Como Citar

Figueiredo Candido, E. (2024). Memórias em noite febril: fantasmas de uma ditadura omitida em Nocturno en Chile, de Roberto Bolaño. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 34(2), 96–106. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/49302

Edição

Seção

Dossiê - Aniversário de 70 anos de Roberto Bolaño em 2023