Modernismo e Guerra Fria
a historicidade de uma estética na segunda metade do século XX
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.51377Palavras-chave:
modernismos globais, Guerra Fria, modernismo taiwanês, modernismo árabe, descolonização, poesia modernistaResumo
Este artigo tem como objetivo investigar os desdobramentos da estética modernista na segunda metade do século XX no contexto da Guerra Fria e da descolonização em larga escala de países da África e da Ásia. Mais especificamente, aborda dois grupos literários em que a ideia de modernismo foi decisiva: a Escola Modernista (Xiandaipai) em Taiwan e o grupo da revista Poesia (Shi‘r) no Líbano, ambos atuando nas décadas de 1950 e 1960. De modo breve, aponta igualmente a continuidade do modernismo no fim dos anos 1970 e começo da década seguinte em espaços culturais antes dominados completamente pela estética do Bloco Oriental, como o Uzbequistão e a República Popular da China. Assim, é no interior dos intensos embates políticos, ideológicos e culturais entre 1950 e 1990 que a presença do modernismo é localizada.
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