Um sátiro nos Andes
tradição e modernidade no riso de Sileno
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2025.56925Palavras-chave:
César Brie, riso, comicidade, satíricoResumo
Este artigo objetivou tratar das questões da comicidade e do riso na peça inédita O ciclope (2002), do argentino César Brie. Foram realizadas análises pautadas em leituras sobre o drama satírico e sobre as estratégias de elaboração do cômico. Para tanto, estabeleceu-se diálogos com teóricos como Henri Bergson (1987), Cleise Mendes (2008), Sigmund Freud (2006), Mikhail Bakhtin (2013) e Northrop Frye (2014), tendo em vista a formulação de um quadro investigativo sólido e coeso acerca das questões do riso na dramaturgia de Brie. Para pensar a poética do dramaturgo no contexto latino-americano, nos valemos de Brie (2007; 2013a; 2013b), Guimarães (2022a; 2022b) e Rojo (1999; 2016). Por conseguinte, tendo em vista a complexidade de avaliar o riso em seu aspecto ético, traçou-se um debate avaliativo acerca da questão em si, fato este que visou facilitar a leitura e evitar ruídos de comunicação entre a proposta do texto e a recepção leitora. Sob essa égide, a confecção deste artigo faz parte do extenso estudo que desenvolvemos sobre os aspectos éticos e estéticos da obra do dramaturgo argentino.
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