Tradurrindo o sainete L’Ours (1894) de Georges Courteline
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2025.57272Palavras-chave:
Georges Courteline, sainete, tradução teatral, tradução humorística, L’OursResumo
Georges Courteline é um famoso dramaturgo francês de teatro cômico da Belle Époque. Escreveu inúmeros vaudevilles e sainetes. Dentre suas peças cômicas, é trazido à baila por esse artigo a tradução da peça L’Ours (1894) com reflexões a respeito da tradução cômica no teatro (Travaglia, 2003; Vandaele, 2019; Luiz, 2016, 2020, Berman, 1995; Ubersfeld, 2013; Villegas, 2005). Para isso, apresenta-se o autor, sua obra e sua importância no contexto francês. Em seguida, mostram-se os gêneros teatrais vaudeville e sainete, com um aprofundamento sobre os elementos cômicos que compõem esses gêneros literários (Barthes, 2020; Dufief, 2001; Geyssant, Guteville, Razack, 2000; Pavis, 2008; Villa Mejía, 2017). Na sequência, verifica-se a tradução e são expostas as escolhas e as estratégias de tradução definidas e defendidas. Assim, visa-se, neste artigo, a explorar algumas características do teatro cômico de Georges Courteline em tradução e compreender como os conhecimentos literários – notadamente o sainete, a comicidade e a estilística – podem ser úteis ao tradutor do texto teatral humorístico. Compreende-se a tradução do humor couteliniano (Bornecque, 1969; Morize-Toussaint, Ordas-Piwnik, 2012) como prática sensível e importante para a execução de sua obra dramática no contexto brasileiro.
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