The Vulnerabilities of the Unthought

Questions of “Form” in Portuguese Postcolonialism and the Legacy of EduardoLourenço’s Thought

Authors

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-2096.2025.57874

Keywords:

unthought, racism, language, decolonial tought, ontology, hauntology

Abstract

This essay examines Eduardo Lourenço’s concept of the unthought in relation to the African colonial past and its contemporary repercussions. It explores the absence of formal – and even grammatical – awareness of this traumatic legacy in Portuguese society, showing how the unthought sustains the inability to critically reflect on colonial violence. The essay also discusses the link between this unthought and the unconscious nature of racism in Portugal and Europe, highlighting the difficulty of articulating racial violence – both institutional and everyday – and the persistence of exclusionary languages, codes, imaginaries, and aesthetics. The enduring presence of neo Lusotropicalist rhetoric further reinforces these exclusions. Finally, the essay analyses how new generations of African and Afrodescendant thinkers and artists in Portugal mobilize decolonial grammars to name the unspeakable and bring the repressed into consciousness, reclaiming the inwardness historically denied to Black populations under colonial oppression.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALEMÃO, Samuel. Um bairro multiétnico às portas de Lisboa chora a morte violenta de “homem bondoso”. Público, 22 out. 2024. Disponível em: https://www.publico.pt/2024/10/22/local/reportagem/bairro-multietnico-portas-lisboa-chora-morte-violenta-homem-bondoso-2108987. Acesso em: 23 set. 2025.

ALMEIDA, Djaimilia Pereira de. O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo. São Paulo: Todavia, 2023.

AMADO, Abel Djassi et al. Não a um museu contra nós! Público, 22 jun. 2018. Disponível em: https://www.publico.pt/2018/06/22/culturaipsilon/noticia/nao-a-um-museu-contra-nos-1835227. Acesso em: 02 mar. 2025.

CARDÃO, Marcos. A juventude pode ser alegre sem ser irreverente: o concurso Yé-Yé de 1966-67 e o luso-tropicalismo banal. In: DOMINGOS, Nuno; PERALTA, Elsa (org.). Cidade e império: dinâmicas coloniais e reconfigurações pós-coloniais. Lisboa: Edições 70, 2013. p. 319-359.

CARDINA, Miguel. L’attrito della memoria: colonialismo, guerra e decolonizzazione nel Portogallo contemporaneo. Tradução de Marianna Scaramucci. Milano: Meltemi, 2023.

CASTELO, Cláudia. O modo português de estar no mundo: o lusotropicalismo e a ideologia colonial portuguesa (1933-1961). Porto: Edições Afrontamento, 1998.

ÉVORA, Iolanda; MATA, Inocência. Apresentação: as veias abertas do pós-colonial: afrodescendências e racismos. Portuguese Literary & Cultural Studies (PLCS), Hanover, v. 34/35, p. 1-7, jul. 2022.

FREUD, Sigmund. The Ego and the Id and Other Works (1923-1925) Vol. XIX. Tradução de Joan Riviere. London: Vintage, 1923.

GIL, José. Salazar: a retórica da invisibilidade. Tradução de Maria de Fátima Araújo. Lisboa: Relógio D’Água, 1995.

GREGOS, Katerina; MEESSEN, Vincent. Personne et les autres. Mousse Publishing: Milano, 2015.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

LANÇA, Marta. Não mates a minha mãe. Buala, 25 nov. 2023. Disponível em: https://www.buala.org/pt/cidade/nao-mates-a-minha-mae. Acesso em: 22 set. 2025.

LIMA, Raquel. Devaneios da democracia hipotecada. Versopolis/Review, 30 abr. 2020. Disponível em: https://www.versopolis.com/initiative/festival-of-hope-1/content/947/daydreams-of-a%20mortgaged-democracy. Acesso em: 25 fev. 2025.

LOURENÇO, Eduardo. Do colonialismo como nosso impensado. Organização de Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi. Lisboa: Gradiva, 2014.

LOURENÇO, Eduardo. O supremo pecado do racismo. Jornal de letras, 2024, p. 29-30.

MAESO, Silvia Rodríguez. O turismo e a academia da «idade dos descobrimentos» em Portugal: o silenciamento/reprodução do racismo no loop pós-colonial. Revista política & trabalho, v. 44, p. 27-49, jun. 2016.

MARQUES, João Pedro. O passado de Portugal e os advogados do diabo. Público, 26 jun. 2018. Disponível em: https://www.publico.pt/2018/06/26/sociedade/opiniao/o-passado-de-portugal-e os-advogados-do-diabo-1834293. Acesso em: 02 mar. 2025.

MEDEIROS, Paulo de. Afropolítica, (pós-)memória, pertença: apontamentos para uma outra Europa. In: RIBEIRO, António Sousa (org.). A cena da pós-memória: o presente do passado na Europa pós colonial. Porto: Edições Afrontamento, 2021. p. 133-144.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro-Pólen, 2019.

RIBEIRO, Margarida Calafate. Uma história depois dos regressos: a Europa e os fantasmas pós-coloniais. Confluenze, Bologna, v. 12, p. 74-95, dez. 2020.

RUSHDIE, Salman. Os versos satânicos. Tradução de Misael H. Dursan. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Entre Próspero e Caliban: colonialismo, pós-colonialismo e inter-identidade. In: SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). A gramática do tempo: para uma nova cultura política. Porto: Edições Afrontamento, 2006. p. 211-255.

STOLER, Ann Laura. Duress: Imperial Durabilities in Our Times. Durham-London: Duke, 2016.

VALE DE ALMEIDA, Miguel. Um mar da cor da terra: raça, cultura e política da identidade. Oeiras: Celta, 2000.

VECCHI, Roberto. Excepção Atlântica: pensar a literatura da Guerra Colonial. Porto: Edições Afrontamento, 2010.

VECCHI, Roberto. Os fins do tempo do fim: descolonização, negação, pertença. Altre Modernità, Milano, v. 16, p. 43-51, nov. 2016.

Published

2025-11-27

Issue

Section

Dossiê: Eduardo Lourenço, o Brasil e o Impensado Colonial

How to Cite

Biasio, N. (2025). The Vulnerabilities of the Unthought: Questions of “Form” in Portuguese Postcolonialism and the Legacy of EduardoLourenço’s Thought. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 35(4), 15-31. https://doi.org/10.35699/2317-2096.2025.57874