Violência e escapismo como lazer para os desvalidos em Trainspotting e Cola de Irvine Welsh
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2021.26766Palavras-chave:
Escócia, Irvine Welsh, classe trabalhadora, lazer, violência, escapismoResumo
Este artigo analisa representações da experiência de lazer de personagens jovens pertencentes às classes trabalhistas da Escócia, nos romances Trainspotting e Cola, de Irvine Welsh, considerando o contexto histórico em que as narrativas se situam: a era Thatcher. Tal experiência, em meio a uma realidade de diminuição do estado de bem-estar, escassez de oportunidades e desemprego em massa, é atravessada por dois fatores: escapismo, evidenciado pelo uso de heroína; e violência, evidenciado pelo abuso de álcool e por disputas de torcidas organizadas de clubes de futebol, o chamado hooliganismo. Busco demonstrar de que forma as políticas do governo Thatcher, assim como o pensamento e agenda neoliberais por ela seguidos, são representados como fator relevante para moldar a experiência de lazer da juventude de classes menos favorecidas da Escócia nos romances selecionados.
Downloads
Referências
BELL, Tim. Choose life. Choose Leith. Edinburgh: Luath, 2018. E-book.
BODIN, Dominique et al. Sport and Violence in Europe. Strasbourg: Council of Europe Publishing, 2005.
CLARKE, Peter. Hope and Glory: Britain 1900-2000. London: Penguin Books, 2004.
COOKE, Anthony. A History of Drinking: The Scottish Pub since 1700. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2015.
HARVEY, David. A Brief History of Neoliberalism. New York: Oxford University Press, 2007. E-book.
KENNEDY, Tristan. How Irvine Welsh Went from Enfant Terrible to the Scottish Tourist Board's Favourite Guy. In: Vice News. 18 dez. 2019. Disponível em: https://www.vice.com/en_uk/article/g5xpp7/irvine-welsh-profile-scotland-trainspotting. Acesso em: 30 abr. 2020.
LEISHMAN, David. A Parliament of Novels: the Politics of Scottish Fiction 1979-1999. In: Revue Française de Civilisation Britannique, v.14, n.1, p. 123-36, 2006.
MORACE, Robert. Welsh’s Trainspotting. New York: Continuum, 2001.
MORACE, Robert. Irvine Welsh (New British Fiction). New York: Palgrave MacMillan, 2007.
ROSS, Stephen. Youth Culture and the Post-War British Novel: From Teddy Boys to Trainspotting. London: Bloomsbury, 2018. E-book.
SKINNER, John. Contemporary Scottish Novelists and the Stepmother Tongue. In: HOENSELAARS, Ton et al. (Org.). English Literature and Other Languages. Amsterdam: Rodopi, 1999. p. 211-220.
STEBBINS, Robert A. Leisure. In: Encyclopaedia Britannica. Disponível em: https://www.britannica.com/topic/leisure. Acesso em: 07 jul. 2020.
THATCHER, Margaret. Margaret Thatcher: a life in quotes. In: The Guardian, London, 8 Abr. 2013. Disponível em: theguardian.com/politics/2013/apr/08/margaret-thatcher-quotes. Acesso em: 21 maio 2020.
VERNON, James. Modern Britain: 1750 to the Present. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.
WELSH, Irvine. Trainspotting. Tradução de Galera & Pellizzari. 1.ed. Rio de Janeiro: Rocco Digital, 2014. E-book.
WELSH, Irvine. Cola. Tradução de Paulo Reis. 1.ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2019.
WELSH, Irvine. Foreword. In: BLANCE, Andy. Hibs Boy: The Life and Violent Times of Scotland’s Most Notorious Football Hooligan. Glasgow: Fort Publishing Ltd., 2010. E-book.
WELSH, Irvine. Scotland’s Murderous Heart. In: The Guardian, London, 20 Out. 2005. Disponível em: https://www.theguardian.com/society/2005/oct/20/penal.crime. Acesso em: 12 Out. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Amaury Garcia dos Santos Neto (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).