O retorno de Bartleby e a crise da interpretação alocrática
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.3.39-60Palabras clave:
Hermenêutica, poética, interpretações alocráticas e autocráticas, Bartleby, o escreventeResumen
Críticos e pensadores maiores da Era da Teoria (1965-1980) apresentaram como alternativa à prática hegemônica da intepretação o estudo de uma poética que, explicitando com rigor os mecanismos de produção do sentido, contribuiria para tornar mais precisa a atividade hermenêutica. Parcialmente descartados como pouco relevantes, esses estudos ofereceram, contudo, contribuições relativamente significativas para o desenvolvimento de novas formas de entendimento do texto literário não limitadas à prática interpretativa tradicional. A leitura que faz Agamben do conto Bartlety, o escrevente, de Herman Melville, ilustra exemplarmente uma dessas novas formas de entendimento e os possíveis problemas delas decorrentes.
Descargas
Citas
AGAMBEN, Giorgio. Bartleby, ou da Contingência. Tradução de Vinícius Hoensko. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
AGAMBEN, Giorgio. La comunità che viene. Torino: Giulio Einaudi Editore, 1990.
ATTEL, Kevin. Potentiality, Actuality, Constituent Power. Diacritics, Baltimore, v. 39, n. 3, p. 35-53, 2009. Doi: https://doi.org/10.1353/dia.2009.0023.
BARTHES, Roland. O que é a crítica? In: BARTHES, Roland. Crítica e verdade. Tradução de Geraldo Gerson de Souza. São Paulo: Perspectiva, 1970, p 157-164.
BERKMAN, Gisèle. L’Effet Bartleby: Philosophes Lecteurs. Paris: Hermann Éditeurs, 2011.
CULLER, Jonatham. The Pursuit of Signs. London: Routledge, 2001.
DE MAN, Paul. Blindness and Insight. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1971.
DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1997.
EAGLETON, Terry. After Theory. New York: Basic Books, 2003.
FORSTER, Edward Morgan. Aspects of the Novel. New York: Harcourt, Brace and Company, 1927.
HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Empire. Cambridge: Harvard University Press, 2000.
HIRSCH, Eric Donald. The Politics of Theories of Interpretation. Critical Inquiry, Chicago, v. 9, n. 1, p. 235-247, set. 1982. Doi: https://doi.org/10.1086/448197.
MARX, Leo. Melville’s Parable of the Walls. The Sewanee Review, Sewanee, v. 61, n. 4, p. 602-627, 1953.
MELVILLE, Herman. Bartleby, o Escrevente. Tradução de Bruno Gambarotto. São Paulo: Grua Livros, 2014.
MILLER, Joseph Hillis. Deconstructing the Deconstructers. Diacritics, Baltimore, v. 5, n. 2, p. 24-31, 1975. Doi: https://doi.org/10.2307/464639.
POE, Edgar Allan. The Man of the Crowd. In: MABBOT, Thomas Ollive (ed.). Collected Works of Edgar Allan Poe. London: Belknap Press, 1978. p. 506-518.
TALLY, Robert T. Reading the Original: Alienation, Writing, and Labor in “Bartleby, the Scrivener”. In: BLOOM, Harold. Alienation. New York: Chelsea House, 2009. p. 1-10. (Bloom’s Literary Themes).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Sérgio Luiz Bellei (Autor)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Non-Commercial No Derivatives License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).