Formação cenacular e romantismo francês
DOI :
https://doi.org/10.17851/2317-2096.27.3.15-39Mots-clés :
cenáculo, romantismo francês, campo literárioRésumé
O presente artigo trata do processo de formação cenacular à época do romantismo francês, enfocando a participação dos membros do Pequeno Cenáculo (1829-1833). Esta confraria artística é composta por representantes da segunda geração de românticos franceses, tais como Pétrus Borel, Théophile Gautier e Gérard de Nerval, e elege como modelo de organização cenacular o Grande Cenáculo (1827-1830), liderado por Victor Hugo. A formação do grupo e as práticas de elogio e proteção mútuas, típicas da sociabilidade da camaraderie literária, são analisadas em sua relação com o estado específico do campo literário de 1830, às vésperas da conquista da autonomia, e com a expressão da autarquia artística dos jovens românticos. Finalmente, empreende-se a discussão acerca da legitimidade do cenáculo enquanto instituição literária.
Téléchargements
Références
BOREL, Pétrus. Champavert: contos imorais. Tradução de José Domingos Morais. Lisboa: Assírio & Alvim, 2006.
BOREL, Pétrus. Rhapsodies. Paris: Levavasseur, 1832. Disponível em: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k1231397?rk=21459;2. Acesso em: 12 abr. 2016.
BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. Tradução de Maria Lúcia Machado. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
DE LATOUCHE, Henri. De la camaraderie littéraire. Revue de Paris, Paris, t. VII, p. 102-110, 1829.
DIAZ, José-Luis. Les Sociabilités littéraires autour de 1830: le rôle de la presse et de la littérature panoramique. Revue d’Histoire Littéraire de la France, Paris, v. 110, n. 3, p. 521-546, 2010. Disponível em: https://www.cairn.info/revue-d-histoire-litteraire-de-la-france-2010-3-page-521.htm. Acesso em: 29 set. 2015.
DIAZ, José-Luis. Sociabilités littéraires vs “socialite” de la littérature. Romantisme, [Paris], v. 1, n. 143, p. 47-60, 2009. Disponível em: https://www.cairn.info/revue-romantisme-2009-1-page-47.htm. Acesso em: 19 de mar. 2016.
GAUTIER, Théophile. Histoire du romantisme. Paris: Charpentier et Cie, 1874.
GLINOER, Anthony. La Difficulté d’être du petit cénacle romantique. Lieux Littéraires: Revue du Centre d’Études Romantiques et Dix-Neuviémistes, Montpellier, n. 2, p. 397-418, 2000.
GLINOER, Anthony. La Querelle de la camaraderie littéraire: les romantiques face à leurs contemporains. Genève: Droz, 2008.
GLINOER, Anthony; LAISNEY, Vincent. L’Âge des cénacles: confraternites littéraires et artistiques au XIXe siècle. Paris: Fayard, 2013.
GLINOER, Anthony; LAISNEY, Vincent. Le Cénacle à l’épreuve du roman. Tangence, Rimouski, Trois-Rivières, n. 80, p. 19-40, hiver 2006. Disponível em: https://www.erudit.org/fr/revues/tce/2006-n80-tce1377/013544ar/. Acesso em: 27 jan. 2016.
GLINOER, Anthony; LAISNEY, Vincent. Le Discours anticénaculaire au XIXe siècle: un cas d’école. COnTEXTES – Revue de Sociologie de la Littérature, Liège, n. 10, 2012. Não paginado. Disponível em: https://contextes.revues.org/4922. Acesso em: 27 jan. 2016.
GUIRAUD, Alexandre. Nos doctrines. In: MARSAN, Jules (Ed.). La Muse française. Paris: Édouard Cornely et Cie, 1909. p. 3-26. t. II: 1823-1824. Disponível em: https://archive.org/details/lamusefranaise02sociuoft. Acesso em: 30 set. 2015.
JASINSKI, René. Les Années romantiques de Théophile Gautier. Paris: Vuibert, 1929.
JURT, Joseph. De Lanson à teoria do campo literário. Tempo Social, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 29-59, jun. 2004.
MARSAN, Jules. La Bataille romantique. 2. ed. Paris: Hachette, 1931.
NERVAL, Gérard de. Lettre à Sainte-Beuve. In: NERVAL, Gérard de. Œuvres complètes. Paris: Gallimard, 1993. p. 1285. t. I.
O’NEDDY, Philothée. Lettre inédite de Philothée O’Neddy, auteur de Feu et Flamme, sur le groupe littéraire romantique dit des Bousingos. Paris: Rouquette, 1875. Disponível em: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k714195.r=o%27neddy%20lettre%20in%C3%A9dite?rk=64378;0. Acesso em: 23 abr. 2016.
SAINTE-BEUVE, Charles-Augustin. Chronique littéraire. In: SAINTE-BEUVE, Charles-Augustin. Premiers lundis. Edição de Calmann Lévy. Paris: Anciène Maison Michel Lévy Frères, 1885. t. 2, p. 170-184. Disponível em: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k2014188/f184.item. Acesso em: 19 abr. 2016.
SAINTE-BEUVE, Charles-Augustin. Vie, poésies et pensées de Joseph Delorme. Paris: Michel Lévy Frères, 1863 (1829).
SAPIRO, Gisèle. Elementos para uma história do processo de autonomização: o exemplo do campo literário francês. Tradução de Sergio Miceli e Evania Guilhon. Tempo Social, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 93-105, jun. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702004000100005. Acesso em: 29 jun. 2016.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Fernanda Almeida Lima (Autor) 2017
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Authors who publish with this journal agree to the following terms:Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Non-Commercial No Derivatives License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).