Sobre a dificuldade de nomear a produção do presente: Rancière e Laddaga e os regimes das artes
DOI :
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.3.229-248Mots-clés :
literatura contemporânea, modernidade, pós-modernidade, contemporâneo, regimes das artes, Rancière, LaddagaRésumé
Este artigo propõe uma reflexão sobre algumas formas de pensar e nomear a produção artístico-literária do presente a partir do texto “Em que tempo vivemos?” de Jacques Rancière. Assim, buscamos respostas às implicações de se pensar o tempo em que vivemos como um tempo pós. Um tempo que, para Rancière, precisa ser visto como não-homogêneo, um tempo em que se produz rupturas e intervalos, fazendo deixar de coincidir o tempo global e o tempo individual da pessoa. Para Rancière, o nosso tempo pós, no que diz respeito ao modo de ler a história da arte, ainda é o tempo do Regime Estético, que sucedeu outros dois Regimes, o Ético e o Poético ou Representativo. Reinaldo Laddaga, argentino radicado nos EUA, discorda de Rancière e vê ruptura onde este vê continuidade. Assim, para Laddaga, depois do Regime Estético, teríamos entrado no que ele chama de Regime Prático das Artes. Essa discussão nos faz ver o que esses termos representam em contraposição à ideia de Modernismo e Pós-modernismo.
Téléchargements
Références
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.
CONTRERAS, Sandra. En torno al realismo y otros ensayos. Rosário: Nube Negra ediciones, 2018.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Tradução de Vera Casa Nova e Márcia Arbex. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
KNORR CETINA, Karin. Transitions in knowledge societies. In: BENRAFEL, Eliezer; STERNBERG, Itzak (ed.). Identity, Culture and Globalization. Amsterdam: Brill, 2001.
KNORR CETINA, Karin; BRUGGER, Urs. The Market as an Object of Attachment: Exploring Postcolonial Relations in Financial Markets. Canadian Journal of Sociology, Edmonton, v. 25, n. 2, p. 141-168, 2000.
LADDAGA, Reinaldo. Espectáculos de realidad: Ensayo sobre la narrativa latinoamericana de las dos últimas décadas. Rosario: Beatriz Viterbo Editora, 2007.
LADDAGA, Reinaldo. Estética da emergência: a formação de outra cultura das artes. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
LADDAGA, Reinaldo. Estética de laboratório: estratégias das artes do presente. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
LUDMER, Josefina. Aquí América latina: Una especulación. Buenos Aires: Eterna Cadencia Editora, 2010.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. Tradução de Mônica Costa Neto. São Paulo: Editora 34, 2005.
RANCIÈRE, Jacques. Em que tempo vivemos? Tradução de Donaldson M. Garschagen. Revista Serrote, São Paulo, n. 16, p. 203-222, mar. 2014.
RANCIÈRE, Jacques. O dissenso. Tradução de Paulo Neves. In: NOVAES, Adauto. A crise da razão. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. Tradução de Ivone C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
RANCIÈRE, Jacques. Política da literatura. Tradução de Renato Pardal Capistrano. A!, Rio de Janeiro, v. 5, n. 5, p. 110-131, jan./jul. 2016.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Ieda Magri (Autor) 2019
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Authors who publish with this journal agree to the following terms:Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Non-Commercial No Derivatives License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).