O espaço agônico em William Faulkner e Francisco Dantas

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DOI :

https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.51633

Mots-clés :

Espaço literário, espaço agônico, Francisco Dantas, William Faulkner

Résumé

Este artigo compara a construção do espaço literário entre Enquanto agonizo (1930), de William C. Faulkner, e Uma Jornada como tantas (2019), de Francisco J. C. Dantas, comentando os contornos sociais e estéticos do espaço literário a partir de reflexões sobre as agônicas experiências de personagens em trânsito para a morte. Congregamos, neste estudo, abordagens teórico-metodológicas que perpassam conceitos sobre espaço narrativo, valendo-nos do pensamento de Lins (1976), Borges Filho (2007), Brandão (2019) e Dardel (2015), entre outros. Chegamos aos resultados que as personagens de Faulkner e de Dantas são índices de um espaço agônico, do qual emergem homens e mulheres perdidos em devaneios e lamentos de uma vida subjugada as mais distintas formas de opressão.

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Bibliographies de l'auteur

Joseana Souza da Fonsêca, Universidade Federal de Sergipe (UFS) | São Cristovão | SE | BR

Doutora em Letras. Profa. da Rede Estadual de Ensino de Sergipe (SEDUC). Pesquisadora do GELIC/CNPq.

Carlos Magno Santos Gomes, Universidade Federal de Sergipe (UFS) | São Cristovão | SE | BR

Professor Adjunto de Teoria e de Literaturas de Língua Portuguesa do Campus de Itabaiana/UFS. Pesquisador de Literatura Brasileira, Teória Literária. Leitura. Ensino de Literatura.

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Publiée

2024-09-12

Comment citer

Fonsêca, J. S. da, & Gomes, C. M. S. (2024). O espaço agônico em William Faulkner e Francisco Dantas. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 34(3), 88–103. https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.51633