Então, de onde vem a força que os faz continuar correndo? Condições diaspóricas e rostidades olímpicas em Chariots of Fire, de Hugh Hudson
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.26.3.231-250Palavras-chave:
Carruagens de Fogo, Jogos Olímpicos, tradição nacional, diásporaResumo
Em 1917, o Barão Pierre de Coubertin sintetiza, em seus escritos doutrinários, que uma das finalidades mais nobres do Olimpismo “é, por excelência, a glorificação da juventude”. Em 1924, Paris sedia a VIII Olimpíada dos tempos modernos, na qual o lema “Citius, Altius, Fortius” continua a oscilar entre a vontade individual da vitória e as articulações pragmáticas dos países em busca de vitórias coletivas e colaborativas. Neste breve estudo, dado o seu quadro inicial, acompanharemos a já clássica narrativa fílmica Chariots of fire (Carruagens de fogo – 1981), de Hugh Hudson, no que ela nos oferece da caracterização da delegação britânica, presente nos Jogos Olímpicos de 1924. Esse grupo de jovens atletas, bem como suas equipes de apoio, é representado de modo tensionado em sua formação multicultural, com ênfase nos substratos marcados por dois atletas diaspóricos: o “Escocês Voador” e o judeu filho de um financista de Londres. Refletiremos, pois, sobre essas duas linhas de força político-cultural, entre outras, responsáveis pela conformação da tradição e da rostidade dialética de uma nacionalidade heterogênea e contraditória que terá presença constante e vitoriosa em vários Jogos Olímpicos modernos.
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