Um gênero polêmico: a literatura para crianças e jovens leitores
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.1.45-60Palavras-chave:
literatura infantil, literatura juvenil, gênero, narrativa, hibridismoResumo
A literatura infantil e juvenil, desde o princípio, carrega a marca polêmica de ser um gênero pedagógico e estético, o que torna sua discussão sempre necessária. Desse modo, considerando os questionamentos que acompanham o gênero, pretende-se apresentar a produção contemporânea direcionada a crianças e jovens sob o viés estético, explorando obras com formas, temáticas e traços muito plurais, que rompem fronteiras e a hegemonia de gêneros literários clássicos. Nesse sentido, propomos analisar os livros O diário escondido da Serafina (2006), de Cristina Porto e Michele Iacocca, e As cartas de Ronroroso (2008), de Hiawyn Oram e Sarah Warburton, que evidenciam a mescla de gêneros em publicações totalmente híbridas e, portanto, incorporadas a um movimento artístico de desagregação do discurso narrativo a partir da variedade de formas que se encontram no cruzamento entre projeto gráfico, texto verbal, ilustração e recursos multimídias.
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