A performatividade do nomear no Twitter
contrapúblicos digitais antirracistas e feministas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2021.34548Palavras-chave:
Contrapúblico, Antirracismo, Feminismo, Twitter, Estudos DigitaisResumo
O artigo examina o nomear como performance discursiva desenvolvida pelo feminismo antirracista no Brasil. Analiso tuítes referenciando o nome de três intelectuais mulheres negras: Marielle Franco, Lélia González e Djamila Ribeiro, apontando para o modo como seus nomes ajudam a construir espaços contrapúblicos de resistência, incorporando noções de cidadania, pertencimento e democracia. Usando como marco teórico os Estudos de Plataformas e a Análise Crítica Tecnocultural do Discurso, o trabalho desenvolve diferentes operações de análise textual computacional, mapeando usuários mais referenciados e hashtags mais utilizados, assim como tópicos mais relevantes. Como conclusão, argumento que nomear possui um papel fundamental na construção das identidades dos contrapúblicos, ajudando a constituir tradições intelectuais alternativas no Brasil. Associar um post das redes sociais com um nome e uma mobilização coletiva contribui para estabelecer e manter identidades culturais, combinando o caráter efêmero com um legado permanente.
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