Olhares na representação de mulheres

dramaturgia, gênero e contexto

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-2096.2023.44624

Palabras clave:

gênero, teatro, cinema, feminismo, Guillermo Calderón, Roberto Bolaño

Resumen

Resumo: Este artigo reflete sobre as fronteiras do gênero na construção de escritas masculinas relidas sob olhares de diretoras mulheres, esses limiares são investigados a partir de leituras feministas (fundamentadas por teorias de Butler, 2014; Segato, 2020; Forstenzer, 2022 e Louro, 2004) de textos dos autores chilenos Roberto Bolaño (1955) e Guillermo Calderón (1971). Especificamente, analisamos personagens femininas de duas obras de Roberto Bolaño: Una novelita lumpen (2002) levada ao cinema por Alicia Scherson (1974), mas que perfeitamente poderia ter sido levada ao teatro, intitulada Il futuro (2013) e Los detectives salvajes (1998), a partir de uma proposta de montagem cênica possível. Num exercício semelhante, analisamos a leitura feminista que a montagem brasileira Classe (2019), realizada pelo grupo de teatro Mulheres Míticas sob direção de Sara Rojo (1955), promove a partir da tradução do texto original Clase (2008), escrito pelo dramaturgo, diretor e roteirista Guillermo Calderón. Não pretendemos criar um modelo de continuidade que permita compreender, como um todo homogêneo, a escrita masculina sobre mulheres, mas sim analisar casos concretos que possibilitem criar interrogações e debates que contribuam para essa reflexão.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Sara Rojo, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais/ Brasil

    UFMG-CNPq

Referencias

BOLAÑO, Roberto. Los detectives salvajes. Barcelona: Anagrama, 1998.

BOLAÑO, Roberto. Discurso de Caracas. In: SOLDÁN, Edmundo Paz; PATRIAU, Gustavo Faverón. Bolaño salvaje: prólogo, compilación y edición Edmundo Paz Soldán y Gustavo Faverón Patriau. Barcelona: Candaya, 2008, p. 33-42.

BOLAÑO, Roberto. Una novelita lumpen. Barcelona: Anagrama, 2009.

BRECHT, Bertolt. Escritos sobre teatro. Tradução de Genoveva Dieterich. Barcelona: Alba Editorial, 2004.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. 7. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

CALDERÓN, Guillermo. Classe. Tradução de Álvaro Rojo, Ibi Monte e Sara Rojo. In: ROJO, Sara; CORDEIRO, Felipe (org.). Mulheres míticas em performance. Dramaturgias: O deszerto, Classe. Belo Horizonte: Javali, 2020, p. 119-197.

CELIS, Bárbara. La mujer que llevó a Bolaño al cine: entrevista con Alicia Scherson, directora de Il futuro. Ibermedia digital, 12 enero 2019. Disponível em: https://ibermediadigital.com/ibermedia-television/la-mujer-que-llevo-a-bolano-al-cine/ Acesso em: 15 dez. 2022.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Ninfa moderna. Tradução de A. Preto. Lisboa: KKYM, 2016.

FORSTENZER. Nicole. Políticas de género y feminismo en el Chile de la postdictadura. 1990-2010. Traductora Natalia Slachevsky Aguilera. Santiago: LOM Ediciones, 2022.

IL FUTURO. Direction: Alicia Scherson. Jirafa (Chile) & Pandora Film Produktion (Germany & Movimentofilm (Italy) in co-production with Astronauta Films. Jaleo Films (Spain), 2013. DVD.

LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na sala de aula. In: PRIORE, Maria Del (org.). História das mulheres no Brasil. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2004. p. 443-481.

OLIVER, María Paz. Hacia una estética de la digresión en Los detectives salvajes de Roberto Bolaño. Bulletin of Hispanic Studies, v. 91, n. 3, 2014. p. 295-306.

ROJO, Grínor. La novela chilena: literatura y sociedad. Santiago: UAH ediciones, 2022.

ROJO, Sara. Teatro e pulsão anárquica: estudos teatrais no Brasil, Chile e Argentina. Tradução de Marcos Antônio Alexandre. Belo Horizonte: Nandyala, 2011.

ROJO, Grínor; ROJO, Sara; RAVETTI, Graciela. Por uma crítica política da literatura: três perspectivas latino-americanas. Belo Horizonte: Nandyala, 2012.

ROJO, Sara. Teatro latino-americano em diálogo: produção e visibilidade. Belo Horizonte: Javali, 2016.

ROJO, Sara; CORDEIRO, Felipe (org.). Mulheres míticas em performance. Dramaturgias: O deszerto, Classe. Belo Horizonte: Javali, 2020.

SARRAZAC, Jean-Pierre. Juegos de sueño y otros rodeos: alternativas a la fábula en la dramaturgia. Tradução de Víctor Viviescas. México, 2011.

SCHERSON, Alicia. El futuro, la triste crónica romana de Alicia Scherson sobre Bolaño. [Entrevista cedida a] Rodrigo González. La Tercera. Chile, 19 ene. 2013a. Disponível em: https://ibermediadigital.com/ibermedia-television/el-futuro-la-triste-cronica-romana-de-alicia-scherson-sobre-bolano/. Acesso em: 15 dez. 2022.

SCHERSON, Alicia. El futuro, una película lumpen. [Entrevista cedida a] Juan Ignacio Rodríguez Medina. El Universal. Chile, 14 jul. 2013b. Disponível em: https://ibermediadigital.com/ibermedia-television/el-futuro-una-pelicula-lumpen/. Acesso em: 15 dez. 2022.

SEGATO, Rita Laura. La guerra contra las mujeres. Santiago: LOM Ediciones, 2020.

STANISLAVSKI, Constantin. Manual del actor. Tradução de René Cárdenas Barrios. México: Ed. Diana, 1963.

VILLALOBOS-RUMINOTT, Sergio. A Kind of Hell: Roberto Bolaño and The Return of World Literature. Journal of Latin American Cultural Studies, v. 18, n. 2-3, 02 Dec. 2009. pp. 193-205. DOI: 13569320903361887. Versão em espanhol disponível em: <https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13569320903361887>. Acesso em: 21 jan. 2023.

WILLIAMS, Raymond. Tragédia moderna. Tradução de Betina Bischof. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

Publicado

2024-02-08

Número

Sección

Dosier - Formas de Dramaturgia Moderna y Contemporánea

Cómo citar

Ribas, J., & Rojo, S. (2024). Olhares na representação de mulheres: dramaturgia, gênero e contexto. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 33(4), 52-75. https://doi.org/10.35699/2317-2096.2023.44624