A MENSURAÇÃO DA MIGRAÇÃO DE DATA-FIXA NO BRASIL COM BASE NOS CENSOS DEMOGRÁFICOS: DIFICULDADES E INCONSISTÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.29327/249218.15.15-1Keywords:
migração de data-fixa, microdados, Censo Demográfico, BrasilAbstract
Nos estudos populacionais no Brasil, verifica-se que uma crescente atenção dada à mensuração dos fluxos migratórios. Nos censos de 1960 e de 1970 as questões sobre migração foram direcionadas apenas aos não-naturais dos municípios e estes quesitos dizem respeito ao tempo de residência sem interrupção na UF e no município, lugar de procedência (UF ou país estrangeiro) e situação do domicílio (urbano ou rural). No Censo de 1980, houve avanços importantes, porém, foi no Censo de 1991, que houve a introdução da informação de “data fixa”, obtida por meio do quesito que indagava aos moradores a UF e o nome do município ou país em que residia em exatos cinco anos atrás. Nos últimos três Censos, no entanto, o processamento dessa informação apresentou peculiaridades cuja discussão é o objeto deste artigo. Além de explicitar a distribuição espacial desses movimentos nas últimas décadas, a principal conclusão deste artigo sugere que uma cautela a mais deva ser dada à mensuração da migração de data-fixas no Censo Demográfico de 2010.