Les brutes en blanc, de Martin Winckler
a tradução como ato político pela humanização na saúde e como manifesto no combate à violência obstétrica no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17851/2238-3824.29.2.31-44Palabras clave:
tradução, agente, manifesto, violência obstétricaResumen
O presente artigo visa abordar o percurso que nos levou à tradução do ensaio Les brutes en blanc (2016), do escritor e também médico clínico geral Martin Winckler, bem como discutir as escolhas que envolvem a gramática dessa tradução. A obra é um manifesto contra os maus-tratos médicos na assistência à saúde na França e um dos poucos ensaios críticos produzidos por um médico, especialista em saúde da mulher, que aborda deliberadamente a violência obstétrica. Nesse aspecto, a tradução do referido ensaio é fundamental no contexto brasileiro, na medida em que dialoga de perto com a necessidade de se reconhecer e denunciar a violência obstétrica nos espaços institucionais de saúde no Brasil. Partindo de uma interpretação ampla do conceito de “agents” na tradução (Milton; Bandia, 2009) e amparados pela liberdade de tradução (Saint-Martin, 2012), encontramos os principais caminhos teóricos para justificar nossas escolhas de tradução.
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Citas
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