DIGITAIS
NOTAS SOBRE O AMOR, O CARÁTER E A DOCÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.35699/edur.v41i41.48352Palavras-chave:
Experiência, Formação docente, ensino, mundo digitalResumo
Este artigo surge de uma afirmação e de uma narração. A primeira, postada pelo CEO de uma empresa de tecnologia dos EUA, a OpenAI, responsável pela criação do ChatGPT, é a de que os professores logo se tornarão obsoletos graças aos avanços das inteligências artificiais. A segunda nos é apresentada por Mia Couto e põe em cena uma lembrança do autor moçambicano: quando era criança, um professor seu pediu à classe uma determinada tarefa e sentou-se em meio às crianças para ele mesmo também a realizar. Os dois eventos contrastam sentidos da docência: de um lado, uma percepção desse sentido que o atrela à eficiência e à produtividade; de outro, um fazer docente que se justifica pelo compartilhamento de uma experiência humana com o mundo, uma experiência amorosa e forjadora do caráter do professor em questão, uma experiência que oferece aos estudantes a possibilidade de testemunharem um sujeito que, na sua relação com o mundo da disciplina pela qual se encarrega, faz a si mesmo. Nesse sentido, este artigo procurou sair da primeira percepção e, a partir do reconhecimento de que ela talvez não se afaste tanto do que outras linhas tecnicistas da pedagogia já propuseram, chegar ao relato de Mia Couto como um caso exemplar de uma docência pautada no amor, conforme concebido por Masschlein e Simons, e no caráter, tal qual o entende Jorge Larrosa. Nosso intuito com isso foi advogar por uma prática docente ciosa de si mesma e, assim, insubstituível.
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