O FILOSOFAR COMO INFÂNCIA DO CINEMA (DOCUMENTÁRIO) NA ESCOLA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/edur.v41i41.49076

Palavras-chave:

Cinema, Escola, Tempo

Resumo

Este artigo busca aprofundar estudos teóricos e inspirar experiências práticas de formação para os campos da filosofia e do cinema (praticado em escolas). Nele, problematizamos o predomínio do chamado paradigma da aprendizagem. A ideia de infância, sob o ponto de vista do pensamento filosófico aqui estudado, não diz respeito a um período da vida humana, mas a uma dimensão de "temporalidade intensiva" (Aión). Trata-se da uma infância que pode ser experimentada tanto por crianças como por adultos. Assim, sugerimos, como hipótese, que, para fazer cinema na escola, fora da lógica da aprendizagem, faz-se necessário recriar um tempo infantil que suspenda os dispositivos hegemônicos e convide estudantes a experimentarem esse tempo aiônico. Para isso, trabalhamos com noções elaboradas por Jean-François Lyotard (1993), quando propõe conceitos e lugares diferenciados para a infância; bem como com obras de Jan Masschelein e Maarten Simons (2014) e Jacques Rancière (2005), quando pensam a escola a partir de sua etimologia grega skholé, que significa "tempo livre". Ir ao encontro da infância do cinema (documentário) nas escolas significa encontrar-se com a infância do pensamento do cinema, uma força disruptiva, afirmativa que faz mundo na escola.

Biografia do Autor

  • Geraldo Pereira , Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
    Geraldo Pereira é doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (conceito 6), com bolsa sanduíche na Université Sorbonne Nouvelle
    Paris 3 - financiada com recursos do Programa PRINT/Capes. Graduado pela Escola de Comunicação ECO/UFRJ (2003) e Mestre em Educação em Ciências e Saúde pelo
    NUTES/UFRJ (2008). Integra os grupos de pesquisa CINEAD FE-UFRJ (Cinema para aprender e desaprender) e Quadro a Quadro: projetando ideias, refletindo imagens
    (UFRB).Tem experiência nas áreas de cinema, educação e docência, com ênfase na produção audiovisual contemporânea, particularmente 'cinema documentário e educação', com trabalhos realizados em cinema e televisão. Atualmente desenvolve pesquisa de Pós-doutorado no Núcleo de Estudos de Filosofias e Infâncias, junto ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - ProPEd - UERJ.
  • Walter Omar Kohan, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ

    Walter Omar Kohan é professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Pesquisador do CNPq e Cientista de Nosso Estado (FAPERJ). Pós-doutor pelas Universidades de Paris 8 (Francia) e British Columbia (Canada). Seus trabalhos estão publicados em castelhano, italiano, inglês, português, francês, húngaro, russo e finlandês. Livros recentes em português: Uma viagem de sonhos impossíveis (Autêntica, 2023); Paulo Freire: um menino de 100 anos (NEFI, 2021), Paulo Freire, mais do que nunca (Vestígio, 2019).

Publicado

06-05-2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

1.
O FILOSOFAR COMO INFÂNCIA DO CINEMA (DOCUMENTÁRIO) NA ESCOLA . edur [Internet]. 6º de maio de 2025 [citado 16º de junho de 2025];41(41). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/49076

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