Jorge Amado

romancista de 30 - Entre campo e cidade, elucidando o Brasil Moderno

Autores

  • João Paulo Ferreira Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.24.1.262-283

Palavras-chave:

Jorge Amado, Romancista de 30, Estética e política, Romances do cacau, Intérprete do Brasil

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo traçar um perfil de Jorge Amado (1912-2001) em estreita relação com sua produção estético-literária, de sorte que possamos demonstrar a coerência de seu projeto estético, bem como a viabilidade, sobretudo a partir dos seus romances do cacau, do nosso autor reivindicar, ao seu modo, um lugar de intérprete da realidade brasileira. Para isto, tomaremos como ponto de partida a literatura amadiana dos anos 30 e 40 da era passada, pois acreditamos que Amado, transfigurando o problemático e complexo processo de modernização em suas narrativas, dá a ver os impasses materiais e psicológicos, bem como as lutas que afligiram o Brasil na primeira metade do século XX. Para tanto, tomaremos como principais referências os estudos críticos de Antonio Candido (1989; 2011), Alfredo W. Berno de Almeida (1979), Eduardo de A. Duarte (1995), Edvaldo Bergamo (2008), György Lukács (2009; 2010; 2011), entre outros.

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Biografia do Autor

  • João Paulo Ferreira, Universidade de Brasília (UnB)
    Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Literatura, da Universidade de Brasília (UnB). Integrante do Grupo de Estudos Literatura e Modernidade Periférica, vinculado a Linha de Pesquisa Crítica Literária Dialética, do PósLit/UnB. Pesquisa Jorge Amado e o romance histórico do cacau.

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Publicado

2019-03-01

Edição

Seção

Teoria, Crítica Literária, outras Artes e Mídias