Memória e reconhecimento em “Nenhum, nenhuma”, de João Guimarães Rosa

Autores

  • Ana Carolina Torquato Pinto da Silva Universidade Federal do Paraná (UFPR)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.24.1.247-261

Palavras-chave:

Memória, reconhecimento, segunda estória, Guimarães Rosa

Resumo

Este estudo analisa o conto “Nenhum, nenhuma” de João Guimarães Rosa, presente em Primeiras Estórias (1962) sob a perspectiva da memória e do reconhecimento. Para tal, utiliza-se bibliografia adequada ao tema, como a conferência “Memory, History and Oblivion” (2003), de Paul Ricoeur e Maurice Halbwachs, Memória Coletiva (1990). Ambos os autores tratam dos processos de recuperação da memória dentro do âmbito individual e coletivo, assim como analisam as maneiras como o indivíduo reacessa seu elementos fragmentados. Além disso, analisa-se e discute-se os estudos anteriores sobre a mesma obra de Guimarães Rosa, como Tatit (2009), Pacheco (2006) e Perrone-Moysés (1978).  Ao fim do presente texto, propõe-se uma leitura para a segunda estória – segundo a teoria de Bueno (2014) – presente em “Nenhum, nenhuma”.

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Biografia do Autor

  • Ana Carolina Torquato Pinto da Silva, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

    Mestra em Estudos Literários pelas universidades de Sheffield, Nova de Lisboa e Santiago de Compostela, através do programa Crossways in Cultural Narratives (Erasmus Mundus). Doutoranda do programa de pós-graduação em Letras da UFPR e professora do curso de Letras da FAE – Curitiba. Agradeço ao apoio da Capes no desenvolvimento deste trabalho pela concessão da bolsa de pesquisa.

Referências

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Publicado

2019-03-01

Edição

Seção

Teoria, Crítica Literária, outras Artes e Mídias