A independência é um modo de produção

Autores

  • Alice Bicalho de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.22.3.78-89

Palavras-chave:

livro, edição, editores independentes, indústria do livro

Resumo

A forma do livro se modifica continuamente, seja no plano diacrônico seja no sincrônico. Tanto quanto ele, os modos de editar são múltiplos e fluídos no que diz respeito às técnicas de impressão, trato com a linguagem, relações de trabalho e comerciais, distribuição etc. A partir de quais critérios, então, estabelecer uma diferenciação entre um modo padrão de edição e modos independentes? Haveria questões e valores que pautariam um modo e não outro? Poderíamos ainda, mais profundamente, estabelecer semelhanças entre modos de trabalho e produtos finais às vezes tão distintos quanto um best-seller e um livreto mimeografado? Neste artigo buscamos alguns parâmetros para pensar a edição independente, indo na direção da economia do livro, mas, principalmente, no modo de se organizar cada etapa de sua cadeia produtiva.

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Biografia do Autor

  • Alice Bicalho de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
    Professora substituta da formação em Edição da FALE - UFMG, é doutoranda do Pos-lit desta mesma instituição na área de concentração Teoria da Literatura e Literatura Comparada.

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Publicado

2017-10-27