A impossibilidade da romantização do poder

as diferenças entre Clube da Luta e Clube da Luta 2

Autores

  • Thiago Martins Prado Universidade Federal da Bahia
  • Diane Nascimento de Oliveira Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.28.1.292-305

Palavras-chave:

Clube da luta, Zona autônoma temporária, Terrorismo poético, Relações de poder

Resumo

Clube da Luta 2, de Chuck Palahniuk e ilustração de Cameron Stewart, dá continuidade, em quadrinhos, e comemora 20 anos da publicação do romance Clube da Luta. A narrativa em quadrinhos se passa dez anos após o desfecho do romance e gira em torno da vida de Sebastian e seu alterego, Tyler Durden. A partir disso, o objetivo deste trabalho é discutir como o projeto estético de Palahniuk proposto e desenvolvido pelo romance Clube da Luta, calcado nos pressupostos da zona autônoma temporária e do terrorismo poético, a longo prazo e com a HQ Clube da Luta 2, modifica-se de modo a promover uma autocrítica em que ocorrem denúncias das próprias convicções anteriores. Para amparar este estudo, utilizam-se os estudos de Foucault (2006), que versam sobre as relações de poder, e os de Bey (2001; 2007), que debatem sobre organizações de grupamentos autônomos, alternativos às cenas da lógica do mercado e discussão acerca de terrorismo poético. As conclusões iniciais apontam para a negação da zona autônoma temporária por Palahniuk, que demonstra a inviabilidade da romantização do poder.

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Referências

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Publicado

2022-07-29

Edição

Seção

Teoria, Crítica Literária, outras Artes e Mídias