Memória como recurso diegético do drama contemporâneo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.28.2.18-29

Palavras-chave:

teatro contemporâneo, teatro brasileiro, Newton Moreno, narratividade, memória

Resumo

proposta analítica que fundamenta o presente artigo é de que a memória se torna um recurso diegético em certa produção dramatúrgica contemporânea. Tomando como referência duas dramaturgias de Newton Moreno, Agreste (Malva-Rosa) e Body Art, pretende-se explorar possibilidades de narratividade, encarada como epicização ou como rapsodização, pelo recurso da memória como dispositivo dramatúrgico. Como premissa, entende-se que a memória não é em si apenas conteúdo das peças, mas em especial um elemento instrumental para a formulação dessas estruturas dramatúrgicas. Nesse sentido, as obras em questão são referenciais exemplificadores para a hipótese que ora se delineia, que compreende a estrutura memorialística como formato dramatúrgico em si. No entanto, como elemento inerente à dramaturgia de Moreno, outro elemento estranho ao drama também se torna marcante e se entrelaça ao épico: o eu lírico.

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Biografia do Autor

  • Elen de Medeiros, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais

    Professora doutora da área de Literatura e outras artes na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte – MG).

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Publicado

2022-12-20