O relevo de "Água viva"

Clarice Lispector e a escrita da paisagem

Autores

  • Tatiane Costa Souza Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.21.3.41-57

Palavras-chave:

Clarice Lispector, Água viva, impessoal, relevo, paisagem

Resumo

Este trabalho pretende averiguar o movimento do impessoal que se destaca no relevo da escrita de Clarice Lispector. Para isso, será feita uma leitura, privilegiando o livro Água viva e algumas passagens de A paixão segundo G.H e Um sopro de vida, que possibilite verificar como a composição do texto clariceano se lança rumo ao vivo, ao não humano, ao aberto da paisagem.

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Biografia do Autor

  • Tatiane Costa Souza, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
    Mestre em Estudos Literários, na linha de pesquisa literatura e psicanálise, pela Universidade Federal de Minas Gerais. Possui graduação em Psicologia, com ênfase em Psicologia Clínica. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicanálise, atuando no âmbito da clínica psicanalítica. Principais temas de interesse: teoria e clínica psicanalíticas, Literatura e Psicanálise, escrita, feminino e letra.

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Publicado

2016-07-18