O grande teatro do mundo
globalização e cosmopolitismo em O Dragão Dourado, de Roland Schimmelpfennig
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.26.2.266-282Palavras-chave:
Globalização, Cosmopolitismo, Cosmopolitismo vernacular, Literatura alemã contemporânea, Roland SchimmelpfennigResumo
Encenada pela primeira vez em 2009, a peça O Dragão Dourado [Der Goldene Drache], do dramaturgo alemão Roland Schimmelpfennig, gira em torno de um imigrante chinês na cozinha de um restaurante de comida oriental na Europa. Na obra, Schimmelpfennig aborda temas relacionados à globalização, ao cosmopolitismo e à migração. Partindo do conceito goethiano de literatura mundial, propomos uma leitura da peça baseada, em grande parte, nas ideias de Homi Bhabha (2003, 2011) sobre os locais da cultura e sobre as diferenças entre cosmopolitismo global e vernacular. Procuramos desenredar algumas dificuldades da complexa peça de Schimmelpfennig a fim de mostrar como o texto articula esses problemas.
Downloads
Referências
AICHINGER, S. Die Bedeutung von Verlust im Werk von Roland Schimmelpfennig. 2011. 90 f. Monografia (Graduação em Teatro) – Philologisch-Kulturwissenschaftliche Fakultät, Universität Wien, 2011. Disponível em: < othes.univie.ac.at/16586/>. Acesso em: 29 ago. 2020.
APTER, E. Against World Literature. On the politics of untranslatability. Londres e Nova York: Verso, 2013.
BALME, C. B. The Cambridge introduction to Theatre Studies. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.
BERTON, P. R. Committed drama within postdramatic theatre: a study of contemporary German language plays. 2010. 203 f. Tese (Doutorado em Teatro) - Department of Theatre and Dance, University of Colorado, 2010. Disponível em: . Acesso em: 29 ago. 2020.
BHABHA, H. Olhando para trás, indo para frente: observações sobre o cosmopolitismo vernacular. Prefácio à edição Routledge Classics. In: O bazar global e o clube dos cavalheiros ingleses. Textos seletos. Trad. Teresa Carneiro. Rio de Janeiro: Rocco, 2011, p. 172-191.
BHABHA, H. O local da cultura. 2 reimp. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
BORGES, J. L. Pierre Menard, autor do Quixote. In: Ficções. Trad. Davi Arrigucci Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 34-45.
DOMENECK, R. Composição como contexto. In: a cadela sem Logos. São Paulo: Cosac Naify, 2007, p. 114.
ECKERMANN, J. P. Conversações com Goethe nos últimos anos de sua vida: 1823-1832. Trad. Mario Luiz Frungillo. São Paulo: Editora UNESP, 2017.
ESOPO. Fábulas completas. 3. reimp. Trad. Maria Celeste C. Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2016.
GUPTA, S. Globalization and literature. Cambridge: Polity, 2009.
LAUDAHN, C. Zwischen Postdramatik und Dramatik. Roland Schimmelpfennigs Raumentwürfe. Tübingen: Narr, 2012.
MARTÍN-BARBERO, J. Globalização comunicacional e transformação cultural. Trad. Eliana Aguilar. In: MORAES, D. (org.). Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 57-86.
MORETTI, F. Atlas do romance europeu. 1800-1900. Trad. Sandra Guardini Vasconcelos. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003.
SAID, E. Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. 7 reimp. Trad. Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
SCHIMMELPFENNIG, R. Der Goldene Drache. Frankfurt am Main: S. Fischer, 2008.
SCHIMMELPFENNIG, R. Eine aufregende Zeit, um für das Theater zu schreiben“. 2010. Entrevista concedida a Franz Wille. Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2019.
SCHIMMELPFENNIG, R. O Dragão Dourado. Trad. Marcos Barbosa. 2011. Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2019.



