A voz do verme híbrido e transtemporal de Pedro Kilkerry

Autores

  • Gabriel Costa Resende Pinto Bastos dos Santos Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
  • Leonardo Davino de Oliveira Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.26.3.38-57

Palavras-chave:

Pedro Kilkerry, verme, vocoperformance

Resumo

Pedro Militão Kilkerry (1885-1917) é um poeta simbolista baiano pouco conhecido, pouco pesquisado, e definitivamente muito evitado por sua fama de “difícil”. Nosso trabalho concentra-se no poema “O verme e a estrela” de Pedro Kilkerry e na adaptação cancional do mesmo, levada a cabo por Cid Campos e registrada no disco A fábrica do poema (1994), de Adriana Calcanhotto, e no projeto verbivocovisual Poesia é risco (1995), de Augusto de Campos. O objetivo é elaborar uma reflexão sobre a potência viva e vivificante da voz e de sua vocoperformance, que expande o meramente gráfico para novas potências somente sugeridas e ocultas em estado-página, a partir de um poema tão extraordinário.

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Biografia do Autor

  • Gabriel Costa Resende Pinto Bastos dos Santos, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

    Graduando em Letras Português-Japonês pela UERJ. Membro do projeto de pesquisa Poesia e Transdisciplinaridade: a vocoperformance.

  • Leonardo Davino de Oliveira, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

    Doutor em Literatura Comparada, professor de Literatura Brasileira do Instituto de Letras da UERJ. Coordenador do projeto de pesquisa Poesia e Transdisciplinaridade: a vocoperformance.

Referências

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Publicado

2021-06-22