Estar no mundo, estar fora do mundo
nostalgia e alteridade em Doce cuentos peregrinos, de Gabriel García Márquez
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.28.1.173-194Palavras-chave:
Nostalgia, Conto, Gabriel García Márquez, ModernidadeResumo
O presente trabalho parte de um conjunto de leituras sobre a modernidade e a obra de Gabriel García Márquez para pensar sua poética da nostalgia, em especial quando experienciada por indivíduos em trânsito. Para isso, recorre-se às discussões sobre a modernidade em geral, à crítica da obra do escritor ao repertório crítico sobre a nostalgia, em uma abordagem que transita entre o texto e o contexto para compreender como ambos se influenciam. Por essa lente, vê-se uma atitude constante nos contos, visível também em outras obras do autor, a qual conjuga memória, nostalgia e identidade em construções de alteridades fundamentais para a existência dos sujeitos deslocados. A obra, vista como um conjunto de partes coordenadas, trabalha seus temas mesclando os conceitos fundadores da identidade de sujeitos em trânsito, como memória/imaginação e presente/passado
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