NOTES ON LUDWIK FLECK'S THEORY OF SCIENTIFIC KNOWLEDGE AND NOTES ON TEACHER TRAINING IN THE RELATIONSHIP WITH NATURAL SCIENCES

ARTICLE-OPINION - CERN SCHOOL OF PHYSICS: A DISCOURSE ANALYSIS IN THE LIGHT OF LUDWIK FLECK’S EPISTEMOLOGY

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21172022240129

Keywords:

ético-ontoepistemología, Ludwik Fleck, formación de profesores, perspectiva cultural

Abstract

The emergence from an assessment of Denardin, Guimarães and Harres’ work (2022), this essay is a set of notes that outline relationships between aspects of Fleck's philosophical work on the processes of production, circulation and textualization of scientific knowledge and teacher training in the field of Education with natural sciences. I point out the precursory character of his work in relation to contemporary developments in the philosophy and history of science, as well as in Science Studies, addressing four aspects: the possibility of a cultural interpretation of the notion of style of thought; the relationship between this cultural dimension, an ontology and the production of subjects; the inseparability between knowledge production, language, circulation and different textual forms; and the ethical (political) dimension of his thinking. I conclude, as a sketch, presenting a possibility of placing the teaching agency in these processes and the essential tension present in the formation of the subject-practitioner-teacher, whether initial or ongoing.

References

ANDRADE, O. (1928). Manifesto antropófago. Revista de Antropofagia, ano 1, n.1.

BARAD, K. (2007). Meeting the universe halfway: quantum physics and the entanglement. Duke & London: Duke University Press.

BENSAUD-VINCENT, B. (2013). As vertigens da tecnociência. São Paulo: Ideias & Letras.

BRUNER, J. (2014). Fabricando histórias: direito, literatura, vida. São Paulo: Letra e Voz.

CANCLINI, N. G. (2019). Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EdUSP.

DASTON, L. (2017). Historicidade e objetividade. São Paulo: LiberArs.

DENARDIN, L., GUIMARÃES, G. T. D. e HARRES, J. B. S. (2022). Escola de Física Cern: Uma análise do discurso à luz da epistemologia de Ludwik Fleck. Ensaio, 24, n. 1., e35709. https://doi.org/10.1590/1983-21172022240117

FAHNESTOCK, J. (2005). Adaptação da ciência: a vida retórica de fatos científicos. In: Massarani, L. et al. Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio de Janeiro: Vieira & Lent: UFRJ, Casa da Ciência: FIOCRUZ, p. 77-98.

FLECK, L. (2010). Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum.

FIORESI, C. A. (2000). Circulação da divulgação científica em livros didáticos de Química: a textualização da radioatividade enquanto fato científico. Tese (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica) - CAPES. Florianópolis: UFSC. https://tede.ufsc.br/teses/PECT0462-T.pdf

FIORESI, C. A. e SILVA, H. C. Ciência popular, divulgação científica e educação em ciências: elementos da circulação e textualização de conhecimentos científicos. Ciência & Educação (Online), vol. 28. (2022) (no prelo).

FREITAS, M. R. G. (2018). A epistemologia de Ludwik Fleck em pesquisas sobre formação de professores de ciências no brasil. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática). Curitiba: UFPR.

GALIETA-NASCIMENTO, T. (2005). Contribuições da análise do discurso e da epistemologia de Fleck para a compreensão da divulgação científica e sua introdução em aulas de ciências. Ensaio: pesquisa em educação em ciências (online), v. 7, p. 127-144. https://doi.org/10.1590/1983-21172005070206

GIL, F. (Org.). (1999). A ciência tal qual se faz. Tradução de Paulo Tunhas. Lisboa: Ed. João Sá da Costa.

GUERRA, A.; MOURA, C. B. (2022). História da Ciência no ensino em uma perspectiva cultural: revisitando alguns princípios a partir de olhares do sul global. Ciência & Educação (Online), v. 28, p. 1-20. https://doi.org/10.1590/1516-731320220018

HACKING, I. (2009). Ontologia histórica. Porto Alegre: Editora Unisinos.

HARAWAY, D. (2021). O manifesto das espécies companheiras. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo

HEYWOOD, P. (2017). Ontological turn, the. In: Stein, F. (ed.). The Cambridge Encyclopedia of Anthropology. Disponível em: http://doi.org/10.29164/17ontology.

KAISER, D. (org.). (2005). Pedagogy and the Practice of Science: Historical and Contemporary Perspectives. Cambridge, MA: MIT Press.

KNORR-CETINA, K. (1999). A comunicação na ciência. In: Gil, F. (org.). A ciência tal qual se faz. Lisboa: Ed. João Sá da Costa, p. 375-393.

LAMBACH, M.; MARQUES, C. A. (2014). Lavoisier e a influência nos Estilos de Pensamento Químico: contribuições ao ensino de química contextualizado sócio-historicamente. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 14, n. 1, p. 9–30. https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4280

LATOUR, B. (2009). Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 2. ed.

LATOUR, B. (2000). Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Editora Unesp.

LATOUR, B. (2001). A esperança de Pandora. Bauru, São Paulo: EDUSC.

LENOIR, T. (1998). Inscribing Science: scientific texts and the materiality of communication. Stanford: Stanford University Press.

LENOIR, T. (1997). Registrando a ciência: os textos científicos e as materialidades da comunicação. Episteme, 2 (4), pp. 33-54. Disponível em < http://www.ilea.ufrgs.br/episteme/portal/pdf/numero04/episteme04_artigo_lenoir1.pdf

LENOIR, T. (2003). Instituindo a Ciência: a produção cultural das disciplinas científicas. São Leopoldo: Editora Unisinos.

MAIA, C. A. (2015). História, Ciência e Linguagem: o dilema relativismo-realismo. Rio de Janeiro: Mauad X.

MAIA, C. A. (2013). História das ciências: uma história de historiadores ausentes. Rio de Janeiro: EdUERJ.

MARTINS, A. F. P. (2020). A Obra Aberta de Ludwik Fleck. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, [S. l.], v. 20, n. u, p. 1197-1226. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u11971226

MIGNOLO, W. (2017). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 32, n° 94, jun. https://doi.org/10.17666/329402/2017

MOURA, C. B. de; GUERRA, A. (2016). História cultural da ciência: um caminho possível para a discussão sobre as práticas científicas no ensino de ciências? Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 16, n. 3, p. 725-748. https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4497

OLIVEIRA, B. J. (2012). Os circuitos de Fleck e a questão da popularização da ciência. In: CONDÉ, M. L. L. (org.). Ludwick Fleck: estilos de pensamento na ciência. Belo Horizonte: Fino Traço.

PARREIRAS, M. M. M. (2006). Ludwik Fleck e a historiografia da ciência: diagnóstico de um estilo de pensamento segundo as ciências da vida. Dissertação (Mestrado em História). Belo Horizonte: UFMG.

PESTRE, D. (1996). Por uma nova história social e cultural das ciências: novas definições, novos objetos, novas abordagens. Cadernos IG/Unicamp, v. 6, n. 1, p. 3-56.

QUEIRÓS, W. P.; NARDI, R. e DELIZOICOV, D. (2014). A produção técnico-científica de James Prescott Joule: uma leitura a partir da epistemologia de Ludwik Fleck. Investigações em Ensino de Ciências, v.19, n. 1, p. 99-116.

SAITO, M. T. (2018). A gênese e o desenvolvimento da relação entre Física Quântica e misticismo e suas contribuições para o Ensino de Ciências. Tese (doutorado). São Paulo: USP. https://doi.org/10.11606/T.81.2019.tde-10062019-121225

SETLIK, J. (2022). Textos e formação de professores de Física: resistências e pontos de entrada em disciplinas relacionadas com Física Quântica. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica) - Florianópolis: UFSC. CAPES. https://tede.ufsc.br/teses/PECT0502-T.pdf

SETLIK, J. e SILVA, H. C. (2021). Trabalhando a materialidade textual na licenciatura em física: como licenciando(a)s escolhem, analisam e propõem textos para o ensino da teoria quântica. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, vol. 38, n. 1, p. 538-568. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e72924

SHAPIN, S. (2013). Bomba e circunstância: a tecnologia literária de Robert Boyle. In: ____. Nunca pura: estudos históricos de ciência como se fora produzida por pessoas com corpos, situadas no tempo, no espaço, na cultura e na sociedade e que se empenham por credibilidade e autoridade. Belo Horizonte: Fino Traço, p. 90-117 (e notas). [original em inglês: http://www.fas.harvard.edu/~hsdept/bios/docs/shapin-pump_circum.pdf]

SHAPIN, S. e SCHAFFER, S. (2018 [1985]). Leviathan and the air-pump: Hobbes, Boyle, and the experimental life. Princeton & Oxford: Princeton University Press.

SILVA, H. C. (2019). Ciências, seus textos e linguagens: ensaios sobre circulação e textualização de conhecimentos científicos e matemáticas. Curitiba: CRV.

SILVA, H. C. A noção de textualização para pensar os textos e as práticas de leituras da ciência na escola. In: Amorim Pinto, G. (Org.). Divulgação científica e práticas educativas. Curitiba: CRV (2010)., p. 25-42.

WARWICK, A. e KAISER, D. (2005). Kuhn, Foucault, and the Power of Pedagogy. In: Kaiser, D. (org.). Pedagogy and the Practice of Science: Historical and Contemporary Perspectives. Cambridge, MA: MIT Press, p. 393–409.

Published

2022-11-21

Issue

Section

PERSPECTIVAS / PERSPECTIVES