Apresentadora, torcedora ou jogadora: Fernanda Gentil, Larissa Riquelme e Marta nas representações das mulheres pelo jornalismo esportivo

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Thalita Neves

Resumo

Jornalistas homens e mulheres têm a mesma capacidade para analisar um jogo de futebol, escrever matérias esportivas e contar histórias interessantes do mundo da bola. Mas, por que é que, na maioria dos casos, são apenas elas quem passam por provações (e provocações) de gênero que (des)qualificam seu trabalho relacionando-o ao fato de serem mulheres ou são submetidas a situações que pejorativamente as subjugam como figuras de mero apelo sexual? Sem a pretensão de responder concretamente à pergunta, este artigo debate sobre questões de gênero no jornalismo esportivo, um campo dotado de raízes que envolvem preconceitos não só de gênero, mas também de raça e orientação sexual, ao mesmo tempo em que se configura como uma área em potencial para a contextualização da sensibilidade e subjetividade jornalísticas. Para promover reflexões e apontar desafios e perspectivas da área, a análise parte da abordagem midiática de três casos envolvendo mulheres no esporte – Fernanda Gentil, Larissa Riquelme e Marta – e suas respectivas representações noticiosas, construídas em sua maioria sob óticas que associam as figuras femininas a papéis secundários no jornalismo de esportes, independentemente da posição ocupada pela mulher em pauta no noticiário: apresentadora, torcedora ou jogadora.

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Como Citar
NEVES, T. Apresentadora, torcedora ou jogadora: Fernanda Gentil, Larissa Riquelme e Marta nas representações das mulheres pelo jornalismo esportivo. FuLiA/UFMG , Belo Horizonte/MG, Brasil, v. 4, n. 1, p. 7–22, 2019. DOI: 10.17851/2526-4494.4.1.7-22. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/fulia/article/view/14654. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
DOSSIÊ
Biografia do Autor

Thalita Neves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista (UFOP), mestre em jornalismo (UFSC) e doutoranda em comunicação (UERJ).
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Referências

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