Apresentadora, torcedora ou jogadora: Fernanda Gentil, Larissa Riquelme e Marta nas representações das mulheres pelo jornalismo esportivo
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Resumo
Jornalistas homens e mulheres têm a mesma capacidade para analisar um jogo de futebol, escrever matérias esportivas e contar histórias interessantes do mundo da bola. Mas, por que é que, na maioria dos casos, são apenas elas quem passam por provações (e provocações) de gênero que (des)qualificam seu trabalho relacionando-o ao fato de serem mulheres ou são submetidas a situações que pejorativamente as subjugam como figuras de mero apelo sexual? Sem a pretensão de responder concretamente à pergunta, este artigo debate sobre questões de gênero no jornalismo esportivo, um campo dotado de raízes que envolvem preconceitos não só de gênero, mas também de raça e orientação sexual, ao mesmo tempo em que se configura como uma área em potencial para a contextualização da sensibilidade e subjetividade jornalísticas. Para promover reflexões e apontar desafios e perspectivas da área, a análise parte da abordagem midiática de três casos envolvendo mulheres no esporte – Fernanda Gentil, Larissa Riquelme e Marta – e suas respectivas representações noticiosas, construídas em sua maioria sob óticas que associam as figuras femininas a papéis secundários no jornalismo de esportes, independentemente da posição ocupada pela mulher em pauta no noticiário: apresentadora, torcedora ou jogadora.
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Como Citar
Referências
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