O legado do torcer em estádios após os megaeventos esportivos economia, apropriação do espaço e o turismo

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Fillipe Soares Romano
Natália Rodrigues de Melo
Felipe Queiroz

Resumo

O presente artigo apresenta perspectivas do torcer após as reformas e/ou (re)construções de estádios para a Copa Mundo de 2014 a partir de três eixos analíticos em três estádios: o impacto econômico no Mineirão/MG; o impacto social dada a (re)apropriação do espaço pelos torcedores no Maracanã/RJ; e o impacto sociocultural do turismo na Neo Química Arena/SP. O objetivo é de elucidar e refletir como as mudanças estruturais para os megaeventos esportivos afetaram nas formas de torcer e nos novos usos desses equipamentos. Após análises empíricas realizadas com o auxílio de métodos qualitativos e quantitativos, foi possível atestar que o saldo dos legados dos estádios transformados foi, em sua maioria, negativo: processo de gentrificação; sensação de não pertencimento do espaço totalmente modificado; mudança da compreensão de torcedor para consumidor; o empobrecimento da ambiência do lugar. Diante disso, denota-se a necessidade de refletir o estádio como espaço de diversidade econômica e sociocultural que retome maior centralidade na formação identitária do torcedor.

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Seção

DOSSIÊ

Biografia do Autor

Fillipe Soares Romano, Universidade de São Paulo

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo pela Universidade de São Paulo, Mestre (2018) e Bacharel 0em Lazer&Turismo (2016) e Ciências da Atividade Física (2012) pela mesma instituição, atualmente é bolsista CAPES nível doutoramento e Jovem embaixador da World Leisure Organization - WLO. Membro do World Leisure Center of Excellence ? University of São Paulo e do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer - GIEL/EACH-USP, representante Discente da Pós-Graduação na Congregação da EACH/USP e na CPG. Co-fundador e ex diretor presidente da Empresa Júnior de Lazer e Turismo (2012/2014). Monitor PAE e PEEG das disciplinas: Fundamentos do Lazer II (2012 e 2016); Transportes e Turismo (2013 e 2015), Promoção de Eventos em lazer e Turismo (2015); Esportes de Aventura (2017); Fundamentos do Turismo II (2020); Intervenções Profissionais em Turismo (2020). 

Natália Rodrigues de Melo, Université Grenoble Alpes, França

Doutora em Arquitetura pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com parte da formação vinculada ao Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE-CAPES) no Institut d'Urbanisme et Géographie Alpine de Grenoble, França. Mestre em Arquitetura também pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestre em Geografia, Planejamento Urbano e Meio Ambiente, percurso Turismo, Inovação e Transição pela Université Grenoble Alpes, França. Graduação em Turismo pela Universidade Federal de Ouro Preto. Pesquisadora colaboradora do Laboratório Arquitetura, Subjetividade e Cultura, LASC/UFRJ e Pesquisadora associada ao Laboratoire de Sciences Sociales, PACTE da Université Grenoble Alpes. Atualmente pesquisando temas ligados à transição dos espaços urbanos, trabalhando principalmente com as mudanças e transformações das ambiências dos espaços turísticos e futebolísticos das cidades.

Felipe Queiroz, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Gestão da Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Graduado em Ciências Socioambientais pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestre em Estudos do Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais.  Atualmente é Perito Criminal do Estado de Minas Gerais e Doutorando em Estudos do Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais

Como Citar

O legado do torcer em estádios após os megaeventos esportivos: economia, apropriação do espaço e o turismo. FuLiA/UFMG , Belo Horizonte/MG, Brasil, v. 7, n. 1, p. 134–157, 2022. DOI: 10.35699/2526-4494.2022.36785. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/fulia/article/view/36785. Acesso em: 18 dez. 2024.
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