Ciberativismo das torcidas antifascistas nas eleições de 2018 uma análise quantitativa
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Há algum tempo, a ascensão das torcidas antifascistas tem chamado atenção e sua atividade passou a fomentar os debates no âmbito da ação coletiva e da politização do futebol no Brasil. Um aspecto a se destacar sobre a atuação destas torcidas aponta para sua presença contínua nas redes sociais. Uma vez que elas instrumentalizam as mídias digitais para se comunicar politicamente com o restante de seus torcedores, torna-se possível afirmar que o ciberativismo integra – direta ou indiretamente – a estratégia de mobilização destes grupos. Em ciência disso, este artigo mostra como as torcidas antifascistas se utilizaram de mecanismos ciberativistas para fundamentar sua atuação política nas eleições de 2018. Para isso, foram observadas as postagens nas páginas do Facebook de algumas torcidas durante o período eleitoral. Objetiva-se identificar, através dessas publicações, como ocorreu a interseção com o público em cada página e revelar quais conteúdos se destacaram.
Downloads
Detalhes do artigo
Seção
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja O Efeito Acesso Livre).
Como Citar
Referências
AGGIO, Camilo; REIS, Lucas. Campanha eleitoral no Facebook: usos, configurações e o papel atribuído a esse site por três candidatos eleitos nas eleições municipais de 2012. Compolítica, v. 2, n. 3, dez. 2013.
ALMAZAN, Rodrigo Sandoval; GARCIA, Ramon Gil, Towards Cyberactivism 2.0? Understanding the Use of Social Media and other Information Technologies for Political activism and Social Movements. Government Information Quarterly, 2014.
ANITA, Érica et al. A circulação da (des)informação política no WhatsApp e no Facebook. Lumina, v. 13, n. 3, 2019.
BRAY, Mark. Antifa: Manual Antifascista. Guilherme Ziggy. São Paulo: Autonomia Literária, 2017.
CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. São Paulo: Jorge Zahar, 2003.
DAMATTA, Roberto. Antropologia do óbvio: notas em torno do significado social do futebol. Revista USP. São Paulo, v. 22, p.10-7, 1994.
DAMO, Arlei. Futebol e estética. São Paulo em Perspectiva, v. 15, n. 3, p. 82-91, 2001.
DJORDJEVIK, Ivan; PEKIC, Relja. Is there Space for the Left? Soccer & Society, v. 19, n. 3, p. 355-72, jun. 2018.
GARCIA, Serena. Can Cyberactivism Effectuate Global Political Change? Academic Leadership Journal in Student Research, v. 3, 2015.
GIULIANOTTI, Richard. Sociologia do futebol. Wanda Nogueira Caldeira Brant e Marcelo de Oliveira Nunes. São Paulo: Nova Alexandria, 2010.
ITUASSU, Arthur et al. Internet, eleições e democracia: o uso das redes sociais digitais por Marcelo Freixo na campanha de 2012 para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Revista Compolítica, v. 2, n. 4, dez. 2014.
MACHADO, Jorge Alberto. Ativismo em rede e conexões identitárias: novas perspectivas para os movimentos sociais. Sociologias. n. 18, p. 248-85, dez. 2007.
MOSSBERGER et al. Digital Citizenship: The Internet, Society and Participation. London: MIT Press, 2008.
PENTEADO, Cláudio Luis de Camargo. Facebook e Campanha Eleitoral Digital, Em Debate, Belo Horizonte, v. 4, n. 4, p. 41-53, 2012.
PIMENTEL, Pedro Chapaval; TESSEROLI, Ricardo. O Brasil vai às urnas: as campanhas para presidente na TV e na internet. Londrina: Syntagma, 2019.
SCHAUN, Angela et al. Brazilian Scientific Production on Cyberactivism in the Communication Area from 2002 to 2012: A Preliminary Mapping. Journal of Latin American Communication Research, p. 36-56, abr. 2018.
SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Ciberativismo, cultura hacker e o individualismo colaborativo. Revista USP, Universidade de São Paulo, São Paulo, n. 86, p. 28-37, ago. 2010.
SPAAIJ, Ramón; VIÑAS, Carles. Political Ideology and Activism in Football Fan Culture in Spain: A View from the Far Left. Soccer & Society, v. 14, n. 2, p. 183-200, mar. 2013.
VIMIEIRO, Ana Carolina; MAIA, Rouseley. Entre a esfera cultural e a esfera pública: comunidades online de torcedores e a politização do futebol. Compolítica, 2017.