A clínica ampliada no contexto de vulnerabilidade social:

possibilidades de atendimento psicológico infantil

Autores

Palavras-chave:

Clínica ampliada, Vulnerabilidade social, Atendimento psicológico infantil

Resumo

O presente estudo teve como objetivo investigar as possibilidades de atendimento psicológico infantil no contexto de vulnerabilidade social, a partir da noção de clínica ampliada. Para tanto, foi realizada uma revisão narrativa da literatura, através de busca de artigos nas bases eletrônicas: SciELO, PePSIC e Lilacs. Os nove artigos selecionados foram lidos na íntegra e analisados qualitativamente a partir de categorias temáticas. Os resultados revelam que, no que se refere ao tema, o trabalho em clínica ampliada enfrenta desafios e dificuldades no atendimento psicológico a crianças e a adolescentes. É bastante presente o modelo biomédico, pautado no atendimento individualizante e fragmentado. O atendimento psicológico infantil, no modelo de clínica ampliada, não segue roteiro engessado, exigindo do psicólogo a necessidade de reinventar-se para dar conta das demandas que surgem no cotidiano do contexto. Com isso, fazem-se necessárias estratégias, como elaborar intervenções e atentar-se para o coletivo e para a promoção de saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Arrué, A., Neves, E., Terra, M., Magnago, T., Jantsch, L., Pieszak, G., Silveira, A., & Buboltz, F. (2013). Crianças/adolescentes com necessidades especiais de saúde em centro de atenção psicossocial. Revista de Enfermagem da UFSM, 3(2), 227-237. Doi: 10.5902/217976927827. Alves, C. M. P., & Serralha, C. A. (2018). A assistência psicológica a crianças em Unidades Básicas de Saúde. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 18(3), 912-931. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/40460/28223. Brasil (2009). Humaniza SUS: clínica ampliada e compartilhada. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf. Batista, K. A., & Oliveira, P. R. S. (2017). A saúde mental infantil na atenção primária: reflexões acerca das práticas de cuidado desenvolvidas no município de Horizonte-CE. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 12(3), 1-17. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-89082018000100006. Bomtempo, E., & Conceição, M. R. (2014). Infância e contextos de vulnerabilidade social: a atividade lúdica como recurso de intervenção nos cuidados em saúde. Boletim Academia Paulista de Psicologia, 34(4), 490-509. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X 2014000 200012. Conselho Federal de Psicologia (2009). Serviço de proteção social a crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual e suas famílias: referências para a atuação do psicólogo. Brasília: CFP. Recuperado de https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/10/CREPOP_Servico_Exploracao_Sexual.pdf. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (1988). Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Dimenstein, M. D. B. (1998). O psicólogo nas unidades básicas de saúde: desafios para a formação e atuação profissional. Estudos de Psicologia, 3(1), 53-81. Doi: 10.1590/S1413-294X1998000100004. Dettmann, A. P. S., Aragão, E. M. A., & Margotto, H, L. R. (2016). Uma perspectiva da clínica ampliada: as práticas da psicologia na assistência social. Fractal: Revista de Psicologia, 28(3), 362-369. Doi: 10.1590/1984-0292/1232. Freud, A. (1971). O tratamento psicanalítico de crianças (M. Matos, Trad.). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1926). Froner, J. P., & Ramires, V. R. R. (2008). Escuta de crianças vítimas de abuso sexual intrafamiliar na concepção de profissionais que atuam no âmbito jurídico. Psicologia em Revista, 15(3), 60-81. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_ arttext&pid=S1677-11682009000300005. Klein, M. (1997). A psicanálise de crianças (L. P. Chaves, Trad.). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1932). Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (1990). Dispõe sobre Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.

Mann, J., Tarantola, D. J. M., & Netter, T. W. (1993). Como avaliar a vulnerabilidade à infecção pelo HIV e Aids. In J. Mann, D. J. M. Tarantola & T. W. Netter (Orgs.). A Aids no mundo (pp. 275-300). Rio de Janeiro: Relume-Dumará/ABIA/IMS-UERJ. Macêdo, O. J., Pessoa, M. C. B., & Alberto, M. F. P. (2015). Atuação dos profissionais de psicologia junto à infância e à adolescência nas políticas públicas de assistência social. Psicologia: Ciência e Profissão, 35(3), 916-931. Doi: 10.1590/1982-3703000922014. Mello, M. M., & Santos, J. D. (2018). Infância, loucura e alteridade: a criança em devir. Fractal: Revista de Psicologia, 30(3), 314-321. Doi: 10.22409/1984-0292/v30i3/5523. Oliveira, A. C., & Zandonadi, A. C. (2016). A psicologia em serviço da proteção social de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Revista FAROL, 2(2) 19-31. Recuperado de http://www.revistafarol.com.br/index.php/farol/article/view/28/47. Paulilo, M. A. S., & Jeolás, L. S. (2001). Risco e vulnerabilidade: jovens e drogas. Revista Semina: Ciências Sociais e Humanas, 22, 57-66. Doi: 10.5433/1679-0383.2001v22n1p57. Ribeiro, M. E., & Goto, T. A. (2012). Psicologia no sistema único de assistência social: uma experiência de clínica ampliada e intervenção em crise. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 5(1), 184-194. Recuperado de http://pepsic. bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202012000100012. Rother, E. T. (2007). Editorial: revisão sistemática × revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2), 1-2. Doi: 10.1590/S0103-21002007000200001. Soares, L. E., Bill, M. V., & Athayde, C. (2005). Cabeça de porco. Rio de Janeiro: Objetiva. Sundfeld, A. C. (2010). Clínica ampliada na atenção básica e processos de subjetivação: relato de uma experiência. Physis Revista de Saúde Coletiva, 20, 1079-1097. Doi: 10.1590/S0103-73312010000400002. Scherer, E. B., & Silveira, E. (2013). Solo e raízes das dimensões individual, social e programática da vulnerabilidade e as sementes no processo de saúde da criança. Textos & Contextos, 12(1), 68-84. Recuperado de http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/ fass/article/viewFile/13240/9636. Schneider, D., Oltramari, L., Brudde, C., Silveira, A., & Silveira, S. (2016). A clínica na comunidade: uma experiência de intervenção intersetorial para adolescentes em situação de vulnerabilidade psicossocial. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, 8(18), 68-80. Recuperado de http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/4036 /4707. Teixeira, M. R., Couto, M. C. V., & Delgado, P. G. G. (2017). Atenção básica e cuidado colaborativo na atenção psicossocial de crianças e adolescentes: facilitadores e barreiras. Ciência & Saúde Coletiva, 22(6), 1933-1942. Doi: 10.1590/1413-81232017226.06892016. Torossian, S. D. (2015). Políticas públicas e modos de viver: tecer redes. Porto Alegre, Artmed. Unicef (2018). Pobreza na infância e na adolescência. Recuperado de https://www.unicef.org /brazil/relatorios/pobreza-na-infancia-e-na-adolescencia. Vignoli, J. R. (2001). Vulnerabilidad y grupos vulnerables: un marco de referencia conceptual mirando a los jóvenes. Cepal: Serie población y desarrollo, 17, 1-62. Recuperado de https:// repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/7150/S018659_es.pdf. Vicentin, M. (2006). Infância e adolescência: uma clínica necessariamente ampliada. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 17(1), 10-17. Doi: 10.11606/issn.2238-6149.v17i1p10-17.

Downloads

Publicado

2023-12-15