Este texto é parte do trabalho de doutorado de Julia Franzoni, cuja pesquisa integra a frente de ação “Izidora” do projeto de extensão “Urbanismo Biopolítico” do grupo de Pesquisa Indisciplinar. O processo de investigação é realizado de forma colaborativa e em rede por investigadoras do Grupo com membros da rede Resiste Izidora. O trabalho gráfico bem como o teste das reflexões aqui apresentadas foram produzidos em conjunto com Daniela Faria, pesquisadora do Indisciplinar, e orientados pela professora Natacha Rena. Narra-se, neste excerto, experiências da produção de saber situado na luta das ocupações da região da Izidora em Belo Horizonte, a partir das linhas traçadas pelo método cartográfico indisciplinar, comprometido com as apostas de uma “onto-epistemologia” cuja direção ética está nos acontecimentos. Esse ensaio se desdobra sobre a relação entre os procedimentos da investigação e as exigências éticas e políticas do conflito, apresentando-se parte da trajetória e discutindo táticas e estratégias da pesquisa ativista, seus dispositivos e desdobramentos, com o objetivo de discutir os limites e as potencialidades de se cartografar (agindo) (n)o processo.